Caros Amigos Internautas,
A analogia entre futebol e educação publica parece-me interessante na medida em que verifico o grau de empenho do estado e a sociedade em resolver os obstaculos que se interpõem à qualidade de ambos. O comentario ficará na esfera do estado da Bahia, mas sua generalização à federação não será mera coincidencia.
Copa do mundo 2014, imposições da FIFA representam ajustes políticos, sociais, estruturais legitimados pela assembléia e pelo congresso nacional. Vestir a fantasia de sapo e se virar é a ordem à nação soberama. Esforços não faltam, articulação política para facilitação burocratica, estudos e licenças ambientais a jato, aprovação de derrubada da fonte nova por inteiro, matando com ela parte da história de um povo, é necessaria à logica dos super faturamentos - vide o centiMETRÔ da cidade-.
O capital político e economico com a realização dos mega-eventos esportivos em nosso solo é mais importante do que cuidar das demandas mais históricas e sempre urgentes de uma população com mais de 2 milhões de pessoas que se encontram em estado de miseria absoluta. Não sou daqueles que fazem apologia do 8 ou 80, mas como queria ver o mesmo empenho para resolver questões tão basicas e humanitarias como moradia, alimentação, segurança publica, saúde e lógico, a educação.
Sobre ela,a educação, a sociedade já anestesiada pelo historico desgaste entre o capital e trabalho, associado ao imaginário do que é publico pressupõe ineficiencia, atendimento aos necessitados, aos miseráveis, pode completar meses de paralização, sem atividades acadêmicas, com prejuizo inegavel à população que paga tão caro o direito à educação, e o governo? o governo está animado com a gincana de realizar mega-eventos esportivos e a sociedade indiferente como manda a cartilha neoliberal da sociedade de consumo.
Aos professores, funcionários e estudantes das Universidades Estaduais fica o registro da valia do enfrentamento, da propositividade, da reivindicação de uma universidade plural, autonoma e comprometida com as demandas que os poderes publicos têm secundarizado. Ao governo Wagner, que se repense as praticas governamentais em relação a setores como o da educação, sem a valorização do magisterio, sem condições mega em infraestrutura e plano de carreira, a Bahia continuará a pagar o injusto e desumano preço da miseria e da ignorancia. Wagner, não foi assim que a maioria dos servidores publicos do estado visualizaram o seu governo e apostaram numa parceira na qual população e servidores desse estado, seriam sujeitos privilegiados para combater corrupção no estado, a baixa qualidade no atendimento e serviços publicos. Lamentável!
Como nota, o FOME DO LEÃO, registra: Terceira rodada: Vitória 17º colocado na série B e o Bahia 18º na série A. Pergunto: Estariam na mão dos mega eventos ou no descaso com a educação pública?
Até mais,
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