sábado, 26 de março de 2011

Premonição

Torcedor do Esporte Clube Bahia, time de itinga, inaugura, antecipadamente, a camisa que os seus pares irão usar no próximo ano.

Atualmente, a agremiação tricolor vem sendo beneficiada pelas arbitrágens ao longo do campeonato estadual. Nas minhas contas, 12 foram os pontos ganhos pelo "baêa", em função dos erros de arbitragens que, diga-se de passagem, é horrível em todos os jogos, indistintamente.

Porém, de maneira singular, os erros sempre pendem para o lado do time que enfrenta o tricolor que, evidentemente, não precisa desses artifícios.

De mais a mais, pelo que o time vem jogando, o consciente torcedor já coloca a sua veste, mais do que adequada e premonitória.

domingo, 20 de março de 2011

Turbulencias dentro e Fora de Campo!

Caros Amigos Internautas,

Ontem começou a segunda fase do campeonato baiano, agora oito clubes lutam por quatro vagas nas semi-finais do torneio consequentemente os primeiros quatros desclassificados têm assegurado lugar no campeonato 2012,enquanto que outros quatro lutam por duas vagas no campeonato de 2012, sendo que destes, dois irão se manter e dois cairão para a segundona do baianão no proximo ano.

Chegamos a esta etapa e verificamos que a dupla BAVI parece que ainda inicia a temporada, são tantos testes, jogadores que se quer estrearam como o caso de Lucas Nania do Vitória. Ainda podem ser contratados jogadores para a disputa do titulo ou manutenção do acesso. Só esse quadro denota a fragilidade do campeonato, serão jogos de ida e volta mais uma vez, um nível tecnico deficitário, mas... por outro lado compreendo que a formula do campeonato preza por garantir atividade mais longa para os clubes do interior da Bahia.

Muitos clubes diminuem e até cessam as atividades por períodos significativos do ano. Isso concorre contra a qualidade tecnica, a solidez dos clubes e municipios e a profissionalização do futebol. Para a dupla BAVI, ainda que disputem copa do Brasil, campeonato nacional da primeira e segunda divisão, tenha mais visibilidade, receita, o baixo nivel em todos os aspectos do campeonato baiano fragilizam a dupla também em nível nacional.

A Bahia como um todo tem um potencial excelente para se desenvolver muito mais e ser um dos principais estados nacioanis a atrairem investimentos em todos os setores e melhroar a qualidade de vida de seu povo. Não que seja uma regra direta: DESENVOLVIMENTO ECONOMICO = A DEENVOLVIMENTO HUMANO, sabemos disso, mas a proposta seria justamente a inversa DESENVOLVIMENTO HUMANO compativel com o DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO.

Um bom exemplo do potencial baiano seria a venda dos direitos de imagens da dupla BAVI, com a configuração de esfacelamento do clube dos 13, com os já dados como certos acertos individuais de GREMIO e CEARÁ, para alem da falencia do motivo da existencia desta organização, que primeiro se viu na prática independente da CBF, órgão em principio, motivador da organização dos clubes para o enfrentamento de desmandos históricos no futebol brasileiro, aos poucos e sempre foi se moldando aos ditames da CBF e ganhos unilaterias de Clubes e Federações.

Agora os clubes tendem ao reforço de cada um por sí. A dupa BAVI em minha opinião sairá desvalorizada no negocio. O Bahia, por estar de volta a elite após 7 anos de ausencia. Quem chega, chega aceitando as condições minimas que sejam um pouco melhor do que foi na peleja da segundona. O que foi para a segunda divisão como o caso do Vitória, a lógica é a mesma.

Ainda que o baiano seja um dos povos mais apaixonados e consumidores do futebol, imagino que os acertos individuais irão submeter aos espectadores de canais abertos mais uma vez a ter que apreciar jogos de clubes sulistas em detrimento de acompnahr o seu proprio clube, empurrando os baianos para os pacotes de canais fechados.Afinal de contas quem agará por proposta de investimentos na ordem de 100 milhões de reais/ano para clubes como Flamengo e Corinthians? Os estados do Rio e São Paulo?

Não! É preciso a manutnção do processo de aculturação esportiva no norte e nordeste, com poderio economico e midiatico responsavel em grande escala pela negação de valores locais ( nesse caso, dos times locais) e a nada subita adoração e consumo das marcas dos clubes do sul do país.

Além disso, fico querendo entender como seria em caso dos direitos serem comprados por emissoras diferentes e cada emissora com contratos com clubes diferentes, quem tramitiria o quê? Abriria margem para processos movidos de emissoras e clubes que sentissem seus direitos de imagens violados? E o disparates de valores entre clubes, fortalecerá ou enfrquecerá o futebol brasileiro?

Sou da opinião de que não deveria existir exclusividades e sim cotas de iguais para transmissões das emissoras participantes do processo com direito a fazer qualquer jogo e a luta pela audiência ficaria por conta do trablho das emissoras e não na ditadura do contrato de exclusividade. Assim, os clubes receberiam cotas de diversas empresas e valorizaria o seu negocio.

Voltando ao bainão,a expectativa é que os jogos sejam mais interessantes, que o nivel tecncio aumente e que os clubes e torcidas possam usufruir de melhores espetáculos e retornos em todos os sentidos.
Até mais,

sexta-feira, 11 de março de 2011

Carnaval, Futebol: Tudo junto e misturado.Mas... Nem tanto!

Caros Amigos internautas,

Como costumo escrever algo sobre o carnaval após a passagem de Momo por Salvador, quero chamar a atenção ao titulo deste comentário, que em minha modestíssima opinião é um slogan folclórico sobre manifestações culturais da dimensão do carnaval, bem como do futebol e que em grande medida camufla a sua excessividade.

Explico: O carnaval de Salvador é sem duvida a maior organização festiva do planeta e tem a capacidade de reunir o mundo durante os dias da folia. Vem gente dos quatro cantos do planeta, de territórios globais mais abastados até os mais humildes. Pessoas de todas as cores, crenças, culturas, etnias, religiões convivem guiados pelos acordes, tambores, ritos, ritmos e vozes dos artistas demonstrando que algumas formas de comunicar ultrapassam quaisquer que sejam as barreiras.

O rico, o pobre, o preto, o amarelo, o índio, asiático ou o negro se esbarram no sobe e desce estonteante pelas ruas do prazer, seja a Barra, seja Ondina, seja o Campo Grande ou a Praça da Sé, seja no Pelô, no subúrbio ferroviário, em Itapuã, Liberdade ou Cajazeiras, o junto e misturado parece à tônica da catarse e histeria coletiva, bem nos moldes das confraternizações entre os povos e a pseudo anulidade das desigualdades que define quem é mais ou menos gente nesse mundo, como nos querem fazer crer os eventos esportivos, destacadamente o futebol em época de copa do mundo.

A contradição, o senão, o, entretanto, o não é bem assim, o é bem diferente disso, também é análogo ao futebol e às copas do mundo. Explico de novo: A ultima copa do mundo, foi realizada pela primeira vez na historia desse esporte no continente mais negro do planeta. Na Africa. A África do Sul pais que no direito deu adeus ao apartheid em 1990, no fato mantém a lá Brasil as desigualdades e os pré-conceitos raciais velados.

O evento não trouxe nenhum beneficio de inclusão dos irmãos Africanos e muito menos deixou algum legado que aumentasse a autoestima de um povo de maioria inacreditável de negros, dominados até hoje por uma minoria branca. Ou alguém imagina que a população da África do sul negra e pobre adentrou aos estádios nos jogos da copa?


O elã da igualdade cai por terra lá quando parte dos paises em pleno século XXI ainda são mantidos como colônias de exploradores europeus. A copa passou, o fetiche colou para muitos e não colou para os que sofrem na pele ou estão atentos às verdadeiras demandas de grande parte da humanidade que implora dignidade humana.


Mas... Voltando ao nosso carnaval e ao nosso futebol as semelhanças se repetem. Num estádio pseudamente todos estão juntos e misturados, mas com um olhar um tanto detalhista e critico, constata-se o obvio, ainda que pareçam estar juntos ou mesmo misturados, não estão. Basta o apito final do jogo e as cortinas do espetáculo cínico humano se desfaz. Recoberta a consciência, rapidamente a postura asséptica impera separando o óleo da água, o joio do trigo. Como diz a musiquinha... Cada um no seu quadrado.

Vários são os momentos no carnaval de Salvador que refletem a ilusão de ótica e ao mesmo tempo denuncia a farsa. Assisti ao vivo do Campo Grande o desfile dos trios no ultimo dia do carnaval. Chegamos cedo, eu e minha família, nos posicionamos estrategicamente para não perder nenhum detalhe.

Primeiro passaram as chamadas 'grandes atrações', foi Ivete, Tomate, Chiclete com Banana e com eles os seguidores da cor do sol ardente que pairava e elevava a temperatura para quase 40º. Um desfile da minoria branca em pleno circuito negro. Ops, e os negros onde estavam nesse momento?

Calma... Estavam devidamente posicionados nas cordas com poderes mágicos que nem o laço da mulher maravilha, capaz de delimitar o quadrado de cada folião não só pela economia, mas, sobretudo pela carência de melanina no organismo.

E qual o principal papel dos cordeiros da liga da justiça? Impedir o contato e afronta do Pingüim, Coringa e Lex luthor, os para além do laço mágico.

Engraçado, na medida em que o sol dava lugar ao sereno anunciando a chegada da noite, uma metamorfose acontecia em nossa cara. Já não era possível diferenciar que tomava conta do laço mágico de quem dentro dele se protegia.

Coincidentemente ou não como diz Caetano, já passara Psirico e seu pagode e enredo com "favela êh favela, respeite o povo que vem dela..." e os afoxés aparecem com sua força, beleza e religiosidade... Pena que nas arquibancadas já não tinha quem assistisse e as atenções midiáticas voltaram-se para o circuito Barra-Ondina. Autoridade pública nessa hora, nem pensar. É como se ficasse no ar o reclame de Marcio Vitor contra ofensa racista por ele sofrida em plena orla de Salvador, parafraseando Eric Hobsbawm tudo que é sólido se desmancha no ar.

Enquanto isso na sala de justiça, vimos lampejos organizados ou não, saudosista ou não, oportunista ou não, socialistas ou não, de manifestações em prol à pipoca, à quebra do laço mágico. Foi assim com Saulo no "Pipoca do Eva", obvio que sem os foliões que acompanham o trio. O Marcio Vitor dá uma intimada no prefeito para que no próximo ano, pelo menos em um dia, ele possa sair arrastando o povo como reconhecimento dos principias atores da grande encenação artística, e da obra prima que é o carnaval.

Houve até um movimento de consolidação que na quarta-feira, dia em que antecede oficialmente a entrega das chaves da cidade (Isso se o prefeito sabe onde perdeu, né!), o circuito Barra-Ondina fique reservado apenas para as manifestações espontâneas da população com grupos de fanfarras, trio nordestino, fantasias, batucada em lata, desvinculada do trio elétrico, desvinculado da padronização, robotização do modelo capitalista de se fazer uma festa.

E quando a quarta de cinza chega, as elites marcam no twiter, orkut, msn, torpedo, a ressaca nos grandes eventos musicais que sucedem o carnaval, voltam felizes à rotina segura de lugar garantido no leito da fartura sócio econômica, enquanto que os cordeiros brigam por meses para receberem os míseros, mas dignos reais conquistados literalmente na selva e a tapas.

Os programas televisivos que falam da festa ratificam e desmistificam a idéia do junto e misturado . Todos juntos e misturados, uma OVA. Enquanto para uns rolam as imagens dos camarotes, com todo o luxo, massagens, pistas de danças, locais de descansos, penteados, bebidas, comidas e proteção exclusiva, para outros, as imagens parecem cordas de caranguejos saídos do mangue.

Esse mangue é alimentado na histórica desigualdades entre os homens na cidade com grande diversidade cultural e infinita desigualdade social. A imagem dos novos fichados, espancados, maltratados, embriagados ficam para os periféricos.

Não se trata simplesmente uma questão racial, ou cultural ou de ordem sócio-econômica ou ainda de classes, é antes uma questão histórica. Em ultima análise um Tudo junto e misturado.

Até mais,

sexta-feira, 4 de março de 2011

Mudança de leis, virada de mesa: O que muda no futebol?

Caros amigos internautas,
Em meio às noticias do futebol baiano, a acessão técnica do Bahia e resultados construidos por sucessivos erros de arbitragem, o campeonato baiano chega a sua etapa final da fase de classificação com um nivel técnico lastimável. Acompanhando nos estadios ou pela tv, temos a sensação de que o jogo do baianão é peleda frente a outros tantos torneios estaduais que temos em paralelo no Brasil. Além da diferença tecnica, entre os sulistas e os nordestinos, os gramados por aqui são pessimos, indignos para a prática profissional do esporte. A arbitragem em geral fraquissima e os horizontes de melhora sucumbindo a cada dia como em tempo de formação de torrenciais chuvas.

É sabido que no futebol reflete-se também as desigualdades socio-economicas de um povo e que invariavelmente o abismo entre ricos e pobres, impõe ao segundo condições semrpe precarizadas de produção e de vida. Não lembramos quando foi que um craque desfilou por gramados baianos nas ultimas décadas, sobretudo, craque comprado pelos clubes locais ou então formado em sua base.

Jogador de primeira linha não vêem historicamente para cá, os da base, quando dão certo, mal ficam por aqui, muitos se quer estreiam pelo clube profissional que o formou. Resultado: aumento do fosso e amargura da paixão de torcedores mais do que presentes na vida de seus clubes, mesmo que de muito longe, nas arquibancadas. Nisto a dupla BAVI ainda pode se orgulhar. E qual o cenário para os proxinos anos diante dos ultimos acontecimentos?

Para ser mais didático, citarei as recentes transformações que o esporte e mais especificamente o futebol sofrerá. No ultimo dia 15 de fevereiro foi votado e aprovado pelo senado federal uma alteração na lei Pelé (Lei nºs 9.615, de 24 de março de 1998).

Essa alteração garante ao esporte olímpico e para olímpico uma receita oriunda da loteria federal na ordem de 1/6 do percentual garantido ao ministério do esporte com a finalidade de redistribuir aos estados da federação para o fomento do esporte nas modalidades supracitadas. Esse recurso será proporcional ao volume de apostas nas loterias em cada estado.

Altera também a lei 10.891 de 2004, que trata do BOLSA ATLETA (também voltado prioritariamente para o alto rendimento), prevê bolsa que vão de R$370,00 à R$ 15.000,00. A lei disciplina as condições necessarias para que as entidades esportivas e atletas façam juz a esse investimento.

As noticias são passos importantes para quem sabe iniciarmos uma politica publica de esportes em solo baiano. A outra novidade e que diz respeito mais diretamente ao futebol, relaciona-se ao fortalecimento do clube formador de atletas em sua base. Para melhor entendermos, dividimos a história da relação entre clube e atleta em três cenários. Num primeiro cenário, os cartolas dos clubes eram os senhores de engenho e os jogadores os escravos. a lei do passe colcoava a vida do atleta literalmente nas mãos dos cartolas.

Num segundo cenário (advento da lei pelé)a transformação de 'fazendas em empresas' deslocou e praticamente extinguiu a figura do senhor de engenho rque epresentava por um sentimento de amadorismo,a este ocupou o lugar, o "profissionalismo" que considero canibalesco,pois no cotidiano vimos que o importante é o jogador, o jogador isoladamente completamente descomprometido com o slube formador.

Esse segundo processo é o que justifica as revoadas sem avisos prévios de atletas de clubes menores (investidores) para clubes de maior prestigio nacional e internacionalmente. A instabilidade da relação profissional, deixa por vezes os torcedores refens de interesses tão escussos quanto dos velhos coronéis.

A alteração na lei Pelé, apresentada por um deputado baiano busca minimamente regular a relação amparado em direitos e obrigações coletivas, portanto extensivos a todos os atletas e clubes em que estiver vinculado. A alteração dá uma freiada nos 'sague sugas' empresariais que têm contribuido para que futebol mutile sua identidade.

Pensando que o futebol da Bahia e de todo o norte/nordeste é como o camponês que produz em sua terra na esperança de dias melhores, acredito que ambas as novidades poderão melhorar a estrutura e o funcionamento do esporte por aqui.

Por outro lado, assistimos com preocupação, a degladiação entre os clubes brasileiros e os direitos televisivos. os "grandes" querem negociar em separado, como se jogassem sozinhos,sustentando a logica de que mant~em os menores. Isso aumenta o fosso,e romper com uma força que em outrora buscou fazer frente aos desmandos da CBF.

Enquanto isso os memores buscam desesperadamente uma coesão que nunca existiu em minha concepção, mas que de alguma forma se mostrava funcional. A briga pelo dinheiro, pelo capital, suplanta questões de ordem ideologicas e políticas.Nã importa mais em que mãos o futebol ficará, o que importa realmente é quanto cada clube em separado abocanhará.

Na dimensão polítca, a CBF, a rede globo e os desertores se fortalecem para manter o 'status quo' e o dominio sobre federações e seus filiados.O torcedor, tratado como irrelenvante espera cmo bobos o desfeixo para lotar estadios, comprar pacotes em canais fechados e consumir uma série de marcas vinculadas a essa "empresas" gangster da paixão nacional.
Até mais,