sexta-feira, 4 de março de 2011

Mudança de leis, virada de mesa: O que muda no futebol?

Caros amigos internautas,
Em meio às noticias do futebol baiano, a acessão técnica do Bahia e resultados construidos por sucessivos erros de arbitragem, o campeonato baiano chega a sua etapa final da fase de classificação com um nivel técnico lastimável. Acompanhando nos estadios ou pela tv, temos a sensação de que o jogo do baianão é peleda frente a outros tantos torneios estaduais que temos em paralelo no Brasil. Além da diferença tecnica, entre os sulistas e os nordestinos, os gramados por aqui são pessimos, indignos para a prática profissional do esporte. A arbitragem em geral fraquissima e os horizontes de melhora sucumbindo a cada dia como em tempo de formação de torrenciais chuvas.

É sabido que no futebol reflete-se também as desigualdades socio-economicas de um povo e que invariavelmente o abismo entre ricos e pobres, impõe ao segundo condições semrpe precarizadas de produção e de vida. Não lembramos quando foi que um craque desfilou por gramados baianos nas ultimas décadas, sobretudo, craque comprado pelos clubes locais ou então formado em sua base.

Jogador de primeira linha não vêem historicamente para cá, os da base, quando dão certo, mal ficam por aqui, muitos se quer estreiam pelo clube profissional que o formou. Resultado: aumento do fosso e amargura da paixão de torcedores mais do que presentes na vida de seus clubes, mesmo que de muito longe, nas arquibancadas. Nisto a dupla BAVI ainda pode se orgulhar. E qual o cenário para os proxinos anos diante dos ultimos acontecimentos?

Para ser mais didático, citarei as recentes transformações que o esporte e mais especificamente o futebol sofrerá. No ultimo dia 15 de fevereiro foi votado e aprovado pelo senado federal uma alteração na lei Pelé (Lei nºs 9.615, de 24 de março de 1998).

Essa alteração garante ao esporte olímpico e para olímpico uma receita oriunda da loteria federal na ordem de 1/6 do percentual garantido ao ministério do esporte com a finalidade de redistribuir aos estados da federação para o fomento do esporte nas modalidades supracitadas. Esse recurso será proporcional ao volume de apostas nas loterias em cada estado.

Altera também a lei 10.891 de 2004, que trata do BOLSA ATLETA (também voltado prioritariamente para o alto rendimento), prevê bolsa que vão de R$370,00 à R$ 15.000,00. A lei disciplina as condições necessarias para que as entidades esportivas e atletas façam juz a esse investimento.

As noticias são passos importantes para quem sabe iniciarmos uma politica publica de esportes em solo baiano. A outra novidade e que diz respeito mais diretamente ao futebol, relaciona-se ao fortalecimento do clube formador de atletas em sua base. Para melhor entendermos, dividimos a história da relação entre clube e atleta em três cenários. Num primeiro cenário, os cartolas dos clubes eram os senhores de engenho e os jogadores os escravos. a lei do passe colcoava a vida do atleta literalmente nas mãos dos cartolas.

Num segundo cenário (advento da lei pelé)a transformação de 'fazendas em empresas' deslocou e praticamente extinguiu a figura do senhor de engenho rque epresentava por um sentimento de amadorismo,a este ocupou o lugar, o "profissionalismo" que considero canibalesco,pois no cotidiano vimos que o importante é o jogador, o jogador isoladamente completamente descomprometido com o slube formador.

Esse segundo processo é o que justifica as revoadas sem avisos prévios de atletas de clubes menores (investidores) para clubes de maior prestigio nacional e internacionalmente. A instabilidade da relação profissional, deixa por vezes os torcedores refens de interesses tão escussos quanto dos velhos coronéis.

A alteração na lei Pelé, apresentada por um deputado baiano busca minimamente regular a relação amparado em direitos e obrigações coletivas, portanto extensivos a todos os atletas e clubes em que estiver vinculado. A alteração dá uma freiada nos 'sague sugas' empresariais que têm contribuido para que futebol mutile sua identidade.

Pensando que o futebol da Bahia e de todo o norte/nordeste é como o camponês que produz em sua terra na esperança de dias melhores, acredito que ambas as novidades poderão melhorar a estrutura e o funcionamento do esporte por aqui.

Por outro lado, assistimos com preocupação, a degladiação entre os clubes brasileiros e os direitos televisivos. os "grandes" querem negociar em separado, como se jogassem sozinhos,sustentando a logica de que mant~em os menores. Isso aumenta o fosso,e romper com uma força que em outrora buscou fazer frente aos desmandos da CBF.

Enquanto isso os memores buscam desesperadamente uma coesão que nunca existiu em minha concepção, mas que de alguma forma se mostrava funcional. A briga pelo dinheiro, pelo capital, suplanta questões de ordem ideologicas e políticas.Nã importa mais em que mãos o futebol ficará, o que importa realmente é quanto cada clube em separado abocanhará.

Na dimensão polítca, a CBF, a rede globo e os desertores se fortalecem para manter o 'status quo' e o dominio sobre federações e seus filiados.O torcedor, tratado como irrelenvante espera cmo bobos o desfeixo para lotar estadios, comprar pacotes em canais fechados e consumir uma série de marcas vinculadas a essa "empresas" gangster da paixão nacional.
Até mais,

Nenhum comentário:

Postar um comentário