domingo, 7 de junho de 2009

Para quem pensa que tudo é pinheiro...



Caros Amigos Internautas,


Estamos precisamente a uma hora do confronto entre o Vitória e o Palmeiras. O jogo acontecerá no Palestra Itália, local onde as estatísticas tenumbram contra o Rubro negro da abençoada Bahia, por nunca ter vencido ao time de Luxemburgo pelo brasileiro. Tabu posto, tabu a ser vencido!
O Vitória sai de Salvador para uma mini-excursão pelo sudeste e sul do Brasil. Após o jogo de logo mais, serão os gaúchos que irão apreciar de perto a peleja no estádio da Beira Rio. É uma saída arriscada, serão seis pontos da tabela colocados à sorte, com ampla margem de favoritismo para o Palmeiras e Para o Internacional, justamente por estarem jogando sob seus domínios e por terem equipes mais bem estuturadas no campo econômico que reflete na infra estrutura e montagem de elenco para a disputa do Brasileirão.
Estamos conscientes de que a diferença extrapola o campo, alias é nesse local em que talvez vejamos menor diferenças, afinal de contas são 11 contra 11 e o Vitória vai embalado pela Vitória sobre o Gremio de Porto Alegre, outra equipe com as características regionais, patrimoniais e econômicas do Palmeiras e do Inter. A diferença a que me refiro pode ser explicada num conceito de espaço e lugar que nos diferencia substancialmente e joga por terra toda a história de que somos iguais perante a isso ou aquilo. No campo esportivo, Neto Baiano já sentiu o peso da lei que rigorosamente o atribuiu pena pela atitude anti-esportiva por ter "cuspido" no adversário, na mesma proporção com que sentenciou, Diego Souza, por ter agredido fisicamente ao companheiro de profissão, tendo inclusive voltado dos vestiários para consumar a agressão. Foram oito jogos cada um.
Nada contra a severidade das punições no futebol, em certos casos serveriam até de exemplo para a justiça civil, mas fico a refletir... Se fosse o inverso, ou seja, se o Diego Souza fosse expulso pelo que o Neto Baiano fez e este, expulso pelo motivo do Diego, a punição seria a que foi? A justiça esportiva exigiria o cumprimento da punição em outra competição que não a da ocorrência da expulsão?
Bem, se em alguns casos a justiça civil teria que aprender com a justiça esportiva na rigorosidade das penas, o que ajudaria a amenizar a sensação de impunidade no Brasil, esta, por outro lado, parece ter aprendido com a justiça civil a julgar o réu, levando em consideração o espaço e o lugar de ser gente ou melhor, neste caso, de ser o infrator. Com isso, temos a tranquilidade de reconhecermos que ao entrar em campo, toda esta conjuntura corrobora para o tratamento dispensados a um e a outro, as decisões dos juízes de causas urgentes(árbitro da partida), o olhar midiatico sobre o lance , a intenção, as jogadas, o comportamento mais ou menos hostil das torcidas não estão imunes a esta conjuntura.
É com essa carga que clubes dos lugares comuns (norte e nordeste) e não especiais do Brasil entram em campo. O que os mobilizam a lutar é a certeza de que a história se constrói nas relações entres sujeitos, organizações e instituições de interesses diversos, que colocam em jogo suas bandeiras, suas verdades.
Vamonêgo, coloca seu/nosso jogo em campo.


Até mais,


Um comentário:

  1. ôps!viram o que eu temia no texto. Apesar do lance dificil, será que se fosse a favor do Palmeiras, a bandeirinha, o árbitro, a torcida, a imprensa, o telespectador teriam dúvidas de que o gol de Roger seria assinalado?

    Quero aproveitar e agradecer à ANONIMA pelo primeiro presente que o FOME DE LEÃO recebeu, direto de Itabuna. Um bleissimo Leão que está num lugar muito especial em nossa casa. Valeu!

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