sexta-feira, 13 de junho de 2008

Chuva de Verão???????


Caros amigos Internautas,

Em nossa ultima cronica falávamos das expectativas que tínhamos a respeito das possibilidades concretas e objetivas em relação a Bahia e Vitória na rodada. Acompanhamos atentamente às atuações das duas equipes e desempenho de seus técnicos. Primeiro, no sábado o Bahia ratificou a história de que estreia de técnico dá sempre uma mexida no grupo e às vezes a motivação é tanta que nos deixa a impressão de que não se trata da mesma equipe que escrevíamos uma semana antes, dá também a impressão de que tudo feito anteriormente pode ser apagado e que o problema estava posto na conduta do ultimo treinador, ledo engano. Se assim o fosse, bastava que a cada rodada os clubes pusessem um novo treinador e fatalmente não teríamos um campeão, mas 20 campeões nas séries A e B do brasileiro.

Nem uma coisa e nem outra, o fato é que às vezes a mudança melhora o rendimento e às vezes não - Cuca que o diga-. No caso do Bahia assistimos a um time mais voluntarioso e motivado, que se apresentou muito bem, sobretudo no primeiro tempo e foi merecedor do resultado final, conquistado ante a um adversário tradicionalmente de qualidade cotado para a disputa de uma das quatro vagas de acesso à série A.

A participação de Artuzinho foi importante no aspecto da motivação, do desejo da busca do resultado, aliás durante toda a semana vimos Artur com sua sinceridade peculiar enquadrar os jogadores para assumirem a postura de estarem atuando no mais tradicional clube de futebol do nordeste. A questão que nos resta é acompanhar de perto, para verificarmos se o que testemunhamos neste final de semana - 07/06 - é uma premissa de um novo comportamento do time tricolor ou é o chamado popularmente " TESÃO DE MIJO?

Quanto ao Vitoria, depois do fiasco contra o Ipatinga, confirmou seu potencial de vencedor, sobretudo atuando no santuário rubro-negro, cuja a torcida mais uma vez demonstrou o quanto espera deste grupo, pois enfrentaram a instabilidade do tempo entre sol e chuva e lá compareceram em excelente número para as circunstâncias.

Enfrentou um adversário bastante qualificado e motivado pela estreia do Cuca - técnico que tem frequentado as finais de quase tudo que disputa e mesmo sem os títulos, tem o respeito dos torcedores do Botafogo assegurada-,sem intimidações, Pelo contrario, com uma postura tática extremamente ousada, ofensiva e disposta a fazer o placar. É preciso lembrar que as circunstancias não eram as melhores. Time com desfalques importantes -Vanderson, Leonardo e Jackson-, além da insegurança pelo menos por parte da maioria dos torcedores e profissionais de imprensa em se tratando dos seus substitutos.

O Vitória, foi valente, teve justamente nas suas incertezas - Walace, Marco Antonio e Wiliam Santana, sua fortaleza. Todos jogaram muito e provaram pelo menos parcialmente, de que o Vitória dispõe de um bom elenco, um elenco confiável.

Mais uma vez não foi sentida a falta de Ramon, no ímpeto de ampliar o marcador a torcida pedia a entrada deste jogador, que não correspondeu mais uma vez, assim como fizera no jogo contra o Ipatinga. Há em nossa otica varias questões aí colocadas, desde a soberba da titularidade pela história, passando por gosto pessoal de treinador até simplesmente a vivência de um momento ruim tecnicamente. A esperança é que o senso profissional prevaleça e o grupo se fortaleça com a presença e participação de todos e não sofra por segregação com reservas de mercado.

A atuaçao do técnico Wagner Mancine teve como principal característica a ousadia e autonomia em colocar o time que quer e não o que querem. Deu certo parcialmente, William surpreendeu a todos e fez uma excelente apresentação - talvez a melhor em sua breve história como profissional - por outro lado, o seu substituto comprometeu o olhar criterioso que o técnico tanto defende. Muriqui, mais uma vez não conseguiu jogar bem e pior do que isso naquele jogo, conseguiu a proeza de se anular de tal forma que nos deu a impressão de que ambas as equipes contavam com o mesmo numero de jogadores em campo - um jogador do santos fora expulso - . Um questionamento: Porque Mancine insiste tanto com este rapaz? e não oferece as mesmas oportunidades para outros jogadores????

O que foi nítido foi a involução do time paradoxalmente quando tinha o placar mínimo a seu favor e um jogador a mais em campo. Contudo, o que julgamos muito positivo nesta rodada foi a lição de que é preciso conter as soberbas, assim como a certeza de que temos amplas condições de avançar na competição com a consciencia de nossos equívocos técnicos, taticos, de qualidade individual e postura de grupo, bem como de intervenções do técnico. Este conjunto de ocorrencias sinalizam que há muito o que ser feito e que precisa acontecer um passo por vez, a cada rodada, a cada jogo. Por fim é imperioso que para o desenvolvimento de uma sequencia convincente é preciso ganhar fora, e não ser uma chuva de verão
Nesta rodada a chuva ajudou a pescar e comer o peixe, mas na próxima... a história será outra. Portanto, como bem diz o poeta, ... a lição sabemos de cor, só nos resta aprender!
Até mais.

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