quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A dialética dos Escombros!

Caros Amigos Internautas,
O assunto hoje bem que poderia ser o jogo entre o Vitoria e o Bugre (Gaurani) de Campinas-SP, poderia ser ainda a expectativa do Bahia em ter uma estrela de primeira grandeza em seu elenco para a marcha rumo a divisão especial do futebol Brasileiro, poderia também ser a convocação inédita da seleção brasileira que ficará reunida durante oito dias apenas treinando, mas, o fome do Leão não poderia deixar de registrar uma reflexão sobre os escombros, o progresso e os sujeitos sociais. Assim, peço licença aos amigos internautas e os convido a um papo da maior importância que vi nesta semana em Salvador.
Os baianos estão na expectativa de presenciar a demolição da fonte de inspiração de grandes craques do futebol baiano e nacional, a nossa querida e velha fonte nova, tem dias contados para entrar para os anais da história e dela não mais sair e dela se limitar.
Imagino que serão os 17 segundos mais doloridos de milhares de torcedores, trabalhadores da imprensa, jogadores e dirigentes que inevitavelmente no leito de morte lembrarão dos feitos e efeitos protagonizado neste espaço que ganha vida própria na medida em que se manifesta nas lágrimas dos baianos.
É o progresso chegando, a modernização e o conceito multi uso, arena,que atrairá fabulosos investimentos públicos e privados e que melhorará a estética da cidade e o seu potencial turístico. Dos escombros se erguerão novos sentimentos, novas emoções, novos fetiches, a final de conta fora as vidas de torcedores que nela sucumbiram em 1974 e em 2007, são novos tijolos que ocuparão o coração dos torcedores de todas as cores.
ah! bem que seria interessante se o mesmo acontecesse com os escombros das barracas de praia do litoral soteropolitano. Se as pessoas e os tijolos ganhassem nova estética, novo fôlego, novo conceito. Só os tijolos, urbanização e o paisagismo ganharão isso. Os barraqueiros talvez ganhem um "BOLSA BARRACA" anunciada hoje como pretensão do prefeito mais contraditorio e atrapalhado da história do Salvador. Primeiro se fez de morto durante três anos, sabia desde sempre que o projeto de desenvolvimento e expansão do nordeste passaria por essa reorganização do solo praiano, e como omisso que é não arituculou nada que incluísse os direitos adquirido na lida, no sol a sol de cada barraqueira que durante década presta serviço à cidade e aos banhistas que frequentam a extensão litorânea do município.
Apertado, se prende ao legalismo e joga a culpa à determinação legal da justiça, como se essa arbitrariamente deliberasse sobre o futuro das praias e barracas, a revelia do poder publico municipal e agora, depois que assistiu a capitalização politica no município vizinho, és que o prefeito trapalhão. Solta nota dizendo que irá tentar uma "BOLSA BARRACA" para os trabalhadores da praia.
Isso mostra que a discussão não priorizam a vida das pessoas e sim das coisas capitais. Melhorar a orla, diminuir o numero de barracas tudo isso é até bem vindo para a cidade que tem maravilhas costeiras e maus tratos públicos. Mas, se quer colocar na pauta a vida dos barraqueiros, é simplesmente lamentável,vergonha.
Moral da historia, quando os escombros revitalizam concretos festeja-se, quando destroi sonhos e famílias se omitem. O problema não são os escombros.
Até mais,

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