Baba de final de ano, só muda de endereço!

Caros Amigos Internautas,

Final de ano é muito comum os "babas" de confraternização natalina entre jogadores da ativa e também entre os já aposentados. É também tempo do ultimo baba do ano nos bairros populares, regado a vinho, cerveja, fantasias femininas, o que vale mesmo é a diversão, a possibilidade de extravazar em grupo numa catarse coletiva. O ultimo baba do ano é daqueles em que a tecnica, a plasticidade dos lances de efeitos são exaltados e secundarizado fica o resultado final do jogo, o que já é uma grande vitória do coletivo, vez que pelo menos em um momento do ano rompe as amarras da competição viril e estéril, deselegante e violenta que tem marcado tanto o futebol de alto rendimento, quanto as peladas de final de semana nos quatro cantos da cidade ou melhor onde quer que exista um "baba".

Nesse sentido, quero tornar publica a experiência do baba do TOK de BOLA, que acontece religiosamente todos os sábados entre 8 e 10 horas da manhã. Trata-se de uma organização que completou 8 anos de existencia e que ainda conta com sócios-funndadores atuando, como nos casos de Welington Silva, que todos conhecemos do FOME DO LEÂO, Paulo Rocha nosso tesoureiro vitalício e César Leiro, grande articulador das jogadas de ataque. Além desses, tantos outros têm construido um baba cuja lógica busca superar os limites postos pelo esporte espetacularizado, de rendimento.

O comportamento dos participantes, as regras do próprio baba dão pistas da tentativa de sermos construtores culturais por excelencia e não meros reprodutores, ainda que seja um exercício hercúlio de co-educação coletiva. Temos muito a avançar, mas sem dúvidas não se completam 8 anos de convivencia sem se ter afinidades bem defunidas. No Tok de bola o que vale mesmo é o encontro dos amigos, a gozação de um lance raro ( raríssimo), as discussões fundamentadas na justiça e organização do próprio baba. Saúdo a todos.

Pode até parecer que esse comentario tem endereço privado (colegas do Tok de bola) mas, antes cumpre uma tarefa que é a de socializar a valoração dessa atividade cultural, o baba, bem como provocar os praticantes sobre a autonimia daqueles que se reunem na peleja centenária. Aqui, convido a todos a escreverem cometarios dizendo algo que fez ou que só se faz por causa de um "baba".

Do tipo: Temos um colega chamado Nilson que após uma noite inteira em observação medica, sai às 7:30 da matina correndo do ambulatorio direto pro baba. Pode? Essa história foi contata por sua esposa que na época ficou irada por ter perdido toda uma noite de sono acompanhando o marido e ele foi jogar futebol, rrsrs.

Até mais,