terça-feira, 4 de agosto de 2009

Economia Rubro Negra!


Caros Amigos Internautas,



Gostaria que vocês continuassem interagindo com nossa ultima postagem A GENTE PRECISA É DE QUALIDADE uma vez que temos dado um certo tempo entre uma postagem e outra justamente pensando na interatividade com os caros amigos e amigas. Acontece que estou sendo provocado a escrever esse novo comentário sem o tempo prévio de discussão da ultima, por conta da relevância do assunto a ser tratado.
Trata-se da questão economica em que o Vitória se encontra e a berlinda que todos os rubro negros estão na eminencia de viver, em caso de continuidade da omissão de muitos e exigências de outros tantos.
Como sabemos, o Vitória fez um esforço muito grande para ascender da série B para a elite do futebol desde o ano passado. A lógica da conquista foi a de fazer planejar com os pés no chão e dar passos possíveis para a perna rubro-negra. Há quatro anos exatos o Vitória amargava a sargeta do futebol brasileiro, com um volume incalculável de dívidas, sobretudo trabalhistas construídas pelas improbidades administrativas do regime ditatorial do ditador Paulo Carneiro. Até hoje o Vitória arca com pelo menos 200 ações trabalhistas contra , tendo mensalmente sequestrado de seus vencimentos um montante para assegurar acordos judiciais. O que fizeram então Alexi Portela e Jorge Sampaio? Como conseguiram reerguer o time e ter credibilidade no mercado da bola?
Primeiro reconheceram que deviam e que tinham interesse em pagar a todos que por ventura devesse, daí as negociações judiciais, segundo, sustentou a palavra de construir um ambiente sólido para a realização do trabalho de superação que só poderia se dar com os resultados em campo, para isso, buscaram e tem cumprido honrar com os compromissos com os profissionais do futebol e demais do clube, pagando rigorosamente em dias como determina uma saudável relação trabalhista.
O dinheiro, de onde saiu? muito da força tarefa empreendida por conselheiros e investidores físicos rubro-negros e principalmente do bolso particular de seu presidente na ordem de milhões. Consegui-se alcançar os objetivos em campo, subiu da terceira para a segunda e imediatamente para a primeira divisão. Nesta divisão, ano passado todos do futebol baiano tinham a clareza de que o projeto era permanência na primeira divisão, e a bem da verdade chegou-se a uma classificação para disputar um torneio internacional que começara para o Leão ainda nesse mês, enfrentando o Coritiba.
Obvio que as expectativas para 2009 são otimizadas em relação ao ano passado, contudo o descompasso entre a vida economica do clube e os desejos de formar time forte com metas de disputar títulos nacionais, não me parece refletir a realidade objetiva. Claro que , com isso não significa que jogamos a toalha, até porque o futebol não é uma ciência exata, mas imprimir um nível de pressão que desconheça essa realidade, do meu ponto de vista prejudica mais do que ajuda.
Fala-se de que deve-se contratar jogadores valorizados no mercado, também gostaria muito que isso acontecesse, mas não se fala como arcar com isso. Para mim a ordem do desejo tem sido exaltada desconsiderando as possibilidades objetivas. Aí, chove-se comparações com outras equipes, sem a devida leitura dos contextos ou mesmo das perspectivas de gestão entre os clubes comparados. Sei que a estima fica ferida em se ver freiada por limites economicos, parece que somos menos capazes ou menores em tamanho clubistico.
Nem uma coisa e nem outra, o que está posto é a mesma lógica dos últimos três anos e é preciso que isso fique claro como fora nos anos anteriores, daí penso que a critica à direção cabe. Definir os objetivos e socializar com torcida e imprensa é necessário, o que não dá é para se alimentar horizontes que objetivamente não se é plausível alcançar nesse momento.
Defendo a transparencia, defendo a lisura no compromisso gestor. Ao torcedor, maior participação considerando o contexto - desejo e possibilidades -. Não sou afeito à lógica da irresponsabilidades administrativa, até porque há tão pouco tempo vivemos e sentimos as consequencias disso na pele.

Até mais,

Um comentário:

  1. Amigo Bira. Como sempre, ponderações sóbrias, que vai no âmago da questão. Quem dera se tivéssemos torcedores de montão com a sua envergadura analítica do ponto de vista da totalidade, sem considerar a mesma apenas as somas das partes. Com certeza, não só o futebol seria outro mas, também, as próprias relações humanas em geral da qual ele faz parte.
    Pensar o futebol sem relacionar com essas questões mais gerais, históricas e socialmente construídas, é idealismo puro.
    Parabéns!!!

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