segunda-feira, 16 de março de 2009

Um outro Wagner em Pituaçu.


"Nós não nos calaremos. Adeus, Wagner!!!" Esta foi uma mensagem que alguns torcedores e torcedoras do Vitória mandaram para o governador da Bahia e para quem quisesse ver através das lentes das câmaras de televisão.
Uma outra mensagem foi levada para o estádio de pituaçu em uma faixa com os dizeres “Sem licitação, sem ética, sem respeito. Fora Wagner”, na quarta-feira quando o Vitória enfrentou o Madre de Deus, mas os torcedores foram impedidos de entrarem com ela. Por isso o "nós não nos calaremos" da frase acima.
Resolveram então, de forma criativa, irem ao jogo de ontem (domingo) contra o IPITANGA, cada um vestindo uma camisa com letra solitária. Se prostaram um ao lado do outro, formando a mensagem acima e mandaram o seu recado.
Perguntei a um colega o por que daquele movimento. A versão dele era porque em função do estado de extase que ficou o governador quando da inauguração do estádio em jogo do Bahia, quando o mesmo torceu desbragadamente para o maior rival do rubro-negro. Disse o amigo "como governador, ele deveria ter se contido. Tudo bem que ele tenha o Bahia como seu time, mas ele estava ali representando o governo, e não o indivíduo Wagner". São duas visões de um mesmo fato.
Tá dado o recado, então.
Uma outra coisa me chamou a atenção ontem em pituaçu. Algumas frases de alguns (poucos) torcedores do Vitória demonstravam desprezo pelo Estádio. "Pinicão", "lixão", entre outros eram os adjetivos que eu ouvia de alguns torcedores, em uma alusão clara de resposta a veborragia que os itinguenses também promovem quando vão ao barradão.
É preciso que o torcedor do Vitória entenda que o Estádio Roberto Santos é do Estado. Lá estão investido nada mais, nada menos do que 22 milhões de reais dos impostos que pagamos. O Esporte Clube Bahia não tem Estádio, ele usa em forma de concessão o Pituaçu, coisa que qualquer time do Estado pode fazer, se assim achar necessário. Digamos que ali é,como bem disse o jornalista José Raimundo Silveira, uma "casa de veraneio" do Leão.
Quem tem estádio é o Vitória.
Voltando a questão do movimento político protagonizado pelos torcedores, sugiro a leitura do artigo do jornalista citado acima, para termos uma panorâmica do fato. O mesmo estar no endereço http://www.barradaoonline.com.br/revista_artigo212.html.
Sobre o jogo em campo, bem... falaremos depois. Adianto apenas que o Leão continuou um gatinho.

6 comentários:

  1. Vou me unir a torcida do Vitória para enxortar o governador "Wagaroso". Para mim, não faz diferença para que time ele torce.Contudo, faz diferença o que ele faz para melhorar as condições de vida dos torcedores do Vitória, Bahia, Itabuna, Colo-Colo, Poções, Feirense... Até o momento não fez muita coisa. Então, vou me unir ao Vitória e mesmo não "sabendo" rugir como os rubros-negros, vou utilizar o fogo do dragão e a malícia da gatinha para expulsar o "barba branca" do cenário da política baiana. Sei que não será fácil, mas nada é fácil para nós.. Não é mesmo, torcedores do Bahia, Itabuna...???????????
    ANôNIMA

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  2. Concordo plenamente com vc Wellington.
    Todo mundo sabe que o estádio é do estado DA Bahia, não pertence ao arqui-rival. Assim como acontecia com a Fonte Nova, o time de Itinga repassa uma parte das verbas para a SUDESB, que é a responsável pela manutenção e administração do estádio.
    Ah, para não esquecer, a torcida dos que se acham donos do Roberto Santos vão ter que engolir os jogos do GALÍCIA, NA 2ª DIVISÃO DO CAMPEONATO BAIANO, pois, o Azulino da capital já disse que vai mandar seu jogos no novo estádio.
    Pense no clássico: Galícia x Juazeirense!!

    Saudações Rubro-Negras!!

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  3. Prefiro que o Vitória seja campeão, mesmo não sendo seu torcedor, do que ter que engolir outra vitória do governador que não é baiano.

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  4. Pessoal. Não vamos generalizar nem, tampouco, confundir alhos com bugalhos. O governador Wagner merece sim, muitas críticas, e os torcedores do vitória e de outras agremiações fazem jus nas suas. Mas o governador e seu governo merecem, também, uma análise racional da sua gestão.
    Não podemos nunca nos esquecer da herança maldita deixada pelo carlismo que implantou toda uma forma de gerir as coisas públicas através do desmando e dos favores. Destruir este tipo de conduta leva tempo e não será em um só governo que faremos isso, pois o favorecimento se institucionalizou-se.
    Wagner peca em muitas coisas, mas acerta também em pontos importantes como, por exemplo, a transparência dos acontecimentos. Se estamos sabendo hoje das falcatruas no interior do alto comando da polícia, da falta de licitação das cantinas do próprio pituaçu, do problema de saúde pública que assola a bahia entre outros, isso se deve ao processo de transparência da gestão do governo wagner. Ou será que todos os acontecimentos ruins agora devem ser colocado nas costas dele? Os outros rgovernantes que aqui ficaram por mais de 30 anos, estão isento de culpa?
    A questão é complexa. Devemos é nos organizar politicamente, buscar os dados oficiais e tomar posições. Se Wagner hoje quisesse se re-elejer, eu votaria nele de novo. Menos pelo seu governo e mais pelo reconhecimento das possibilidades que o seu governo permite aos movimentos sociais organizados.
    Carlismo de novo, não!!! E este já seria um argumento mais que satisfatório para não eleger outro. Mas não devemos ter ilusões de que a mudança se dará no âmbito das assembleías pois estas são espaços de gerenciar questões da burguesia. São espaços que tensionam, mas buscam sempre o consenso.
    Devemos, junto ao partido revolucionário, que teve e tem o papel histórico de organizar as massas, nos fortalecer junto ao movimento social organizado, dentro dos nossos sindicatos de categorias, fortalecendo-o politicamente, tensionar o debate, pollitizar as questões imperativas, para esclarecer a massa que já sente os efeitos da política burguesa e que já agem estratégica e inteligentemente para sobreviver.
    Mas sobreviver não basta. Precisamos é viver uma vida plena de sentidos e significados.

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  5. Welington, meu rei, pelo que percebo, as mudanças do governo Wagaroso só atingiu profundamente a capital, aqui no interior tudo continua do mesmo jeito que na época do carlismo. Eu não vou votar no carlismo e nem em Wagner. O que temos que fazer é formar novas e boas lideranças. E quem confunde alho com bigalhos é exatamente o atual governador e isso é explícito no "namoro entre tapas e beijos" que tem com o PMDB. O governador peca em pontos principais para mim: saúde, educação e segurança. Você é médico do estado da Bahia.? Você é policial do estado da Bahia? Você é professor do estado da Bahia ? Se sua resposta é não, eu compreenderei porque você votará em Wagner.É muito fácil não generalizar quando a pimenta não arde diretamente em nossos olhos. Eu também não quero a volta do carlismo. De jeito nenhum. E se o carlismo voltar, o governo atual tem uma enorme responsabilidade nesssa volta. Eu, por enquanto, vou sobrevivendo, não tenho condições de viver um vida plena de sentidos e significados, talvez seja por isso que não tenho mais tolerância em esperar que as promessas do governo sejam concretizadas. Peço desculpas por isso e não deixo de concordar que é difícil mandar trinta anos de podridão para o "espaço". Estou cansado demais... contudo, é salutar saber que tem pessoas como voCê que tem forças para acreditar e lutar por mudanças. Axé para você e que os oríxás estejam com você.

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  6. Com todos nós, pois "um sonho que se sonha só é apenas um sonho. Mas um sonho que se sonha juntos, isso vira realidade".
    Estamos juntos, meu "amigo" anônimo, seja no fundamental ou no periférico, pois sofremos todas as agruras do governo, na capital e no interior. OU a revolução é coletiva e em todos os cantos do mundo, ou não teremos revolução. E como não existe data, nem momento exato de deflagração, podemos dizer que a mesma estar em curso!!!
    Eu acredito nisso.

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