sábado, 24 de janeiro de 2009

Volta que o mundo dá!!!!

Caros amigos internautas,
Em apenas uma semana de inicio do campeonato baiano, temos muito a dizer sobre futebol e politicas publicas. Iniciaremos pelas politicas publicas. O governo do estado entregou Pituaçu aos baianos depois de muito "reme, reme" com IBAMA e prefeitura municipal. Assistimos na esfera do esporte a mesma lógica de disputa partidária que nos demais setores da vida publica dos cidadãos soteropolitano. A tentativa de desgastar a administração estadual ratificada na declaração oficial da prefeitura no dia de ontem ( 23.01.09) deixa isso muito claro. Uma nota que não disse nada explicitamente em relação à praça esportiva mas que sublinhamente imputa ao governo do estado a responsabilidade por todos os transtornos para a liberação do estádio. Não se trata aqui de eximir este ou aquele de responsabilidade, contudo queremos expressar repudia a esta forma mesquinha, reticente e pouco producente de se pensar e fazer politica em nossa terra. Até porque, se a lógica diz que o importante é que Pituaçu está pronto para atender ao contribuinte, tudo mais são querelas - Vimos isso muito presente no processo de sucessão municipal - um prefeito teleguiado a gestar em quatro meses, num intensivão de Geddel , cujo "êxito" foi confirmado nas urnas.
Pituaçu que não seria minha prioridade no campo do esporte e lazer, é inegavelmente uma excelente obra publica e tomara que esta característica se efetive e não vire como Paulo Carneiro anuncia " Estádio do Bahia". É um equipamento publico de ultima geração, com padrão de qualidade "A" e que deve-se ter o reconhecimento publico do feito administrativo do governo Wagner.
Ainda na seara política, tenho me abismado com a curta memoria ou subta amnésia de setores da Imprensa em relação ao Paulo Carneiro. Este cidadão sai do futebol baiano com a unanimidade de gestor competente, mas arrogante, mal educado e desequilibrado emocionalmente. Lembro que houve falas apoteóticas em seu afastamento do futebol, quase todos comemoravam e baixavam porrada na índole e no desastroso "fim" de PC no Vitória. Agora, esta mesma figura tem todos os holofotes à sua disposição, tem sido induzido a status de herói que salvará o desesperançado Bahia. Sua arrogância agora é tratada como enreverencia e por extensão lhes são atribuídas as benesses do clube a ele. Para nós é um equivoco, não há gestão vencedora sem equipe, equipe pensante e executante e não apenas fazedoras de devaneios alheios, como se os demais não tivessem condições de contribuir com o clube. Pensamos ser o mesmo equivoco do tempo de Vitória.
No universo do mundo do trabalho, Kaká do Milan foi o noticiário da semana , a recusa oficial da possibilidade de transferência para o clube inglês, foi motivo também de grande frisson no mundo da bola. À decisão do jogador, foram relacionados frases " é o que esperávamos do bom menino", " foi prova de amor incondicional ao Milan" e "ele tem um projeto e não precisa de mais dinheiro". Interessante que todas à revelia do jogador. A mania mercadologica de tentar conduzir a conduta do ídolo, retira do sujeito " Kaká" a possibilidade de ser ele mesmo. Ao afirmar isso , não significa dizer que as frases não caberiam, mas que elas precisavam ser ditas pelo jogador e não pelos construtores fetichistas de imagens de plantão. Que bom acreditarmos que o capital não consegue coptar tudo como parece.
No âmbito domestico, o Vitória inicia bem o campeonato ao vencer seus dois primeiros compromissos contra o Atletico e o Colo-Colo. O time ainda deverá sofrer muitas alterações e render muito mais. O campeonato em tem demonstrado competitividade em seu inicio regando esperanças de melhor índice técnico em relação ao ultimo. O grande destaque até aqui vem do interior é o atacante Neto Berola do Itabuna marcou três gols em dois jogos e aparece como principal destaque individual. Já no aspecto coletividade é a equipe de Paulo Sales e Thiego Sousa, O madre de Deus que tem se destacado juntamente com o fluminense e o próprio Itabuna figuram como os melhores do interior. Esperávamos isso do Flu e do Madre, mas do Itabuna não , não víamos no elenco uma formatação capaz de um inicio tão bom. A baixa na expectativa fica por conta do Atletco de Alagoinhas e o Colo- Colo, ambos não pontuaram ainda e de quebra demitiu o treinador com duas rodadas como foi o caso Atleticano quase aplicável ao time de Ilhéus.
Somos contrários às demissões tão precoces, além de injustas, não me parece atuação de uma gestão consciente do que quer no campeonato e sim um ato infecundo, demagógico e desrespeitoso aos profissionais ´do futebol que lhes prestam serviços. O futebol baiano será forte na medida as relações de trabalho e projetos administrativos forem mais consistentes. Os técnicos precisam ter condições de trabalho. Pensamos até, que a principal dificuldade para a consolidação do futebol baiano em grande escala passa pelas gestões dos clubes. É muito mais importante e imperioso que as comunidades do futebol, o torcedor, intervenham na condução de seus clubes e elejam pessoas capacitadas e comprometidas com o futebol e não com seus interesses individualistas.
Para encerrar, voltemos ao caso Pituaçu. É lamentável que hoje, depois da liberação do estádio, a maior preocupação seja com o zelo pelo patrimonio publico. Os comunicadores de radio pedem tranquilidade aos tricolores neste sentido. Para nós, a depredação dos equipamentos públicos residem nos valores e conceitos a eles atribuídos. A coisa publica precisa ser bem conduzida, administrada e cuidada por todos. Sua excelência depende disso. No mesmo passo que reconheçemos que a utilização de Pituaçu exigirá uma mudança de comportamento, uma vez que teremos cadeiras em todo o estádio e em nossa historia, acesso às cadeiras para os que tinham o capital para isso, impõe ao torcedor acostumado com as arquibancadas de cimento batido limitações na forma de se movimentar, comemorar gols, conter ansiedades e frustrações, tocar os instrumentos de percussão, contudo isso não nos exime da obrigação publica do zelo.
Um outro dado lamentável, pouco hábil e peqeno foi a ausencia de representantes do rubro-negro no ato de inauguração oficial do Estadio Roberto Santos. As versões se contradizem entre não ter sido convidado oficialmente, com a do convite por tabela, via FBF. Pensamos que por um motivo ou por outro perdem todos. Perde o governador do estado que não pode pensar em dialogar e "alimentar" boa imagem para parte do eleitorado dividido em camisas de futebol. O governo é para todos e o governador neste sentido é torcedor do elitor, ainda que reconheçamos o direito inalienável de torcer para um clube. O que não dá para nós é passar a impressão de que a obra publica tem cores de um time só. Do lado da direção rubro-negra, a ausencia fez mais uma vez lembrar de PC, arroganica narcisista, deselegancia esportiva e fragilidade ética profisional. Não há justificativa plausivel para isso. O Vitória como clube de enorme tradição, torcida gigantesca e apaixonada, o unico representante do estado na elite do futebol, não sair na foto historica que o ato consumou.
Desejamos que a reinauguração de Pituaçu seja de muita festa, paz e bom futebol. O torcedor baiano merece todos os tapetes vermelhos que lhes possam ser estendidos, pois é um dos mais apaixonantes do mundo.
até mais

Um comentário:

  1. Sabe tenho lido todas suas postagem, e quero parabeniza-lo pelo seu trabalho, pois tem sido uns dos melhores.Hoje sua postagem merece um comentário, principalmente no que se refere as políticas publicas, pois tem sido um vergonha o descaso dos nossos governates, a disputa pelo poder sempre vai está em destaque em todos os setores politicos, não só do nossa cidades mas de todo país.
    Sim, voltando para o Campeonato Baino, o Vitória tem muito a crescer, e nós torcedores temos que colocar o time pra frente!

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