domingo, 17 de janeiro de 2010

Futebol: Profissão Perigo


Caros Amigos Internautas,

Começou ontem o campeonato baiano de futebol versão 2010 e o primeiro gol saiu de uma cabeçada do zagueiro Itamar(24) ex- Vitória e agora defendendo o Madre de Deus. Marcar o primeiro gol da temporada no mínimo significa uma marca na historia pessoal do jovem jogador, mesmo que não signifique tanto mediaticamente uma vez que esse gol não foi o do título. O destaque para a situação na verdade vai além do gol marcado pelo Itamar e se configura na ilustração do que significa ser jogador de futebol no país.
Na entre safra do futebol, muitas especulações acontecem no mundo inteiro e corriqueiramente os jovens craques migram da periferia economica do futebol ( América Latina, Africa e America Central) com o desejo de realizar sonhos impossíveis à primeira vista no seu país de origem. O que tem gerado, todos sabemos, exportamos o que temos de melhor, consumimos enlatados e caros e nos contentamos com as sobras ( fim de carreira dos atletas). Isso acontece em quase todos os setores produtivos das sociedades periféricas.
A situação de jovens jogadores que saem do pais antes mesmo de se firmar como jogadores e as transformações provocadas pela lei pelé, que por um lado é uma lei combativa à cartolagem fazendária mais tradicional, por outro lado permitiu um grande filão para os ambiciosos e ferozes capitalistas empresarial. Olhando pela ótica do povo, Não considero a mudança positiva, pois como dissemos, não temos os craques em fase mais produtiva em nossos gramados, pelo lado do jogador, permitiu uma liberdade prostituída, pois ele é o ultimo a saber a quem vai defender em cada temporada.
Amor, sentimento marcado pela perseverança e pelo tempo é artigo de luxo ( Rogério Ceni, Marcos...) paixão? ah! todos são permanentemente apaixonados, do tipo fiquei ontem com fulano ou Sicrano.
Qual a relação disso com o destaque do Itamar no inicio do comentário. É simples. O jogador é oriundo da base do Vitória desde os 9 anos de idade e subiu no fatídico ano em que o Vitória caiu para a série B ( aquele time de Edilson, Vampeta etc) ganhava em contrato R$ 500, 00 e após o fiasco foi duramente punido pela lógica futebolistica, sem oportunidade saiu do Vitória e hoje busca reerguer a carreira aos 24 anos no Madre de Deus. Conclusão: independente a que batuta pertença o jogador, seja os tradicionais cartolas, seja os empresários, o que menos importa é o jogador, o profissional. Portanto senhores jogadores tomem as rédeas de sua próprias carreiras.
Enquanto isso comemoremos o que sobrou dos enlatados do futebol.

Até mais,

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