quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Pedagogia Teletubbies!


Caros Amigos Internautas,

Andei refletindo sobre o que motivara de forma decisiva a demissão de Paulo César Carpegiane, não me convenço de que tenha sido por conta de quatro resultados ruins, nem tão pouco por desententendimentos pontuais com jogadores em inicio de carreira. Essa justificativa, não são consistentes, se assim o fosse, Mancine não deveri a se quer figurar na lista de possiveis substituto. Penso que a decisão intempestiva, residiu na perspectiva da ré-contratação de Wagner Mancine. A direção Rubro Negra aproveitou uma conjuntura favorável no mercado, ajudado pelo acerto de Ney Franco com o Coritiba, clube que manifestou interesse anterior ao Mancine e não perdeu tempo, apressou a demissão de PCC e efetivou a parceira com Wagner Mancine.
Sobre a rescisão contratual com Carpegiane já me manifestei contrario aqui no Fome do Leão e expus algumas razões para meu posicionamento. Agora é hora de opinar sobre o que Jorge Sampaio denomina de "Nova Era Mancine". Inicio dizendo que sou um otimista e desejoso para que tudo ocorra bem e o Vitória e o que o time em campo embale e volte a ganhar os jogos, a subir na tabela e a fazer os torcedores rubro negros felizes.
Contudo, baseado em fatos de passado recente dentro do Vitória na primeira passagem do técnico, amplamente alardeado pela imprensa, como o desentendimento com os jogadores Ramon, Uelinton, Bida e companhia; uma relação progressivamente hostil com parte da imprensa, contam desfavoravelmente no retorno do tecnico. Vejo isso como uma questão bastante relativa, mas também objetiva.
Relativa, considerando a possibilidade de refazimento de situações de desentendimentos entre pessoas. Assim, o ôba, ôba sustentado pela imprensa, hipervalorizando e cristalizando tais fatos como estáticos, perde sentido de ser. É praticamente impossível não haver desentendimentos,preferências e desestabilização num campo de trabalho tão vigiado e pressionado que nem o do mundo futeboolistico. Ah! se governantes e cumprimentos de direitos e deveres públicos fossem tão bem marcados - como num jogo decisivo, homem a homem - como acontece no futebol, o Brasil naõ seria o mesmo que conhecemos historicamente.
Objetivo, porque envolve projeto. Neste sentido o que divulga a direção tem que ser cobrado na sua radicalidade, sendo Jorge Sampaio todos os desafetos terão tratamentos igualitários e que os motivos dos desacordos ficaram no tempo em que aconteceram. Pois bem, para mim, o que concorre contra essa percepção são as vaidades de todos os envolvidos e dos demais que passarão a ter convivio diário com o novo comando técnico.
A direção sem sobras de dúvidas deposita toda a confiança no projeto com Wagner Mancine, tem com esse quase uma devoção. Ampliou contrato, garantindo cumprimento, ignorou as pelejas de relacionamentos internos, apostando na superação de vaidades como fizera ao re-contratar aquele que rompeu um projeto recentemente, deixando-o órfão. Para se ter uma ideia disso, Jorginho Sampaio disse que trata-se da retomada de um mesmo projeto.
Quiçá, possamos ver o projeto materializado e o Vitória beneficiado com isso. Para mim, o nome do técnico, a personificação de um projeto não é questão fundamental, acredito num projeto coletivo, institucional, que em nossa realidade não se efetiva, a torcida, o sócio torcedor, continua sendo ignorado, sem voz nos destinos do seu próprio clube. Por outro lado, a vigilância da qual não podem fugir, continuará aqui com o compromisso de contribuir de forma autonoma e independente.

Até mais,

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