quinta-feira, 12 de março de 2009

Leão ou gatinho?

Após o fatídico dia 08/02, quando o Vitória, mais uma vez, perdeu para o seu maior rival de dois a zero em pleno Barradão, o rubro-negro acumulou seis vitórias seguidas e um empate, adquirido ontem no Estádio do Pituaçu. Foram vinte e três goles[plural de gol, ok? Para não pensarem que estou infringindo a Lei Seca] marcados e apenas dois sofridos. Um contra o Itabuna, dia 01 de março e o outro ontem, Contra o time do Madre de Deus, o mesmo que sofreu uma derrota do Vitória em casa por dois a zero, dia 15 de fevereiro.
Com esse histórico parcial, conseguimos assumir a liderança do baianão 2009, com três pontos na frente do segundo colocado, o Bahia (que tem um jogo a menos). Embora em situação confortável, poderíamos estar bem melhor se ontem conseguíssimos ganhar o jogo. Abriríamos cinco pontos e tiraríamos o sofisma da garganta dos tricolores sobre esse tal "jogo a menos".
Mas o que me incomoda mesmo é que o Vitória, embora esteja ganhando os jogos e assumindo a liderança do campeonato não me tem convencido. Eu não sei qual a sua opinião sobre isso, torcedores, mas para mim, cabe muito bem a frase bastante utilizada no futebol: "vence, mas não convence".
A vitória do rubro-negro se deve muito mais ao fraco desempenho técnico/tático das outras equipes do que, necessariamente, dos seus méritos. Será que a posição na tabela vem criando a ilusão de que tá tudo certo? De que já somos campeões baianos?
Espero estar equivocado. Mas o nosso Leão, muitas vezes, parece um gatinho.

12 comentários:

  1. Rapaz, vc pegou pesado... gatinho?

    Sei que o time não vai bem, mas aí é vc dar corda para os itinguenses.

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  2. Tá vendo como vcs são? O time tá ganhando e vcs acham que é pouco. Tem que ter espetáculo. Poupe-me.
    Pois, meu caro itabunense que não torce para o Azulão, imagina a situação de nós, torcedores do Itabuna, que nunca deixamos de colocar em prática o "JUNTOS NA ALEGRIA E NA DOR... e no nosso caso, mais na dor... Bem que nós queríamos tal na situação do GATINHO.
    Já pensou, caro conterrâneo, se mesmo jogando com equipes de fraco desempenho técnico/tático, o Vitória não conseguisse ganhar? Então, que nome vc daria para o seu time?
    Tenha compaixão de seus patrícios, que além de presenciar mais uma vez a "derrocada" do Itabuna, ainda têm que enfrentar a DENGUE.
    Às vezes, não é a força do leão que ganha uma batalha, mas a malícia do gatinho.
    Minha TESE é - quero deixar bem explícito que é opinião de leiga e não de doutora - o Vitória saberá "rugir" quando for necessário, por enquanto a situação exigiu só "ronrom"... "ronrom"... Portanto, aprenda com seu time do coração e seja um gatinho, sem esquecer de urrar (coisa que vc fez com seu comentário...rsrsrsrsr). Eu, por mimha vez, aprendi com o Itabuna a ser FÊNIX... renasço das cinzas... nunca perco a esperança... nunco saio do salto(literalmente)...
    Miau para o Fome do Leão ou será AVIDEZ DO GATINHO?
    ANÔNIMA

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  3. Correção: Bem que nós queríamos TÁ na situação do GATINHO.
    Anônima

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  4. O jogo contra o Madre de Deus provou que o Vitória ainda não está pronto para disputar o Brasileiro, Copa do Brasil, muito menos Sulamericana.
    Vimos em campo uma equipe apatica, sem graça e sem disposição.
    O empate acabou sendo uma vitória, pois, o Madre de Deus perdeu de ganhar o jogo no final.
    Então, concordo com Wellington, no jogo contra o Madre, o Leão virou um gatinho e esqueceu de dominar o índio.

    Saudações Rubro-Negras.

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  5. Vcs, torcedores do Vitória, falam de barriga cheia. Concordo com a itabunense.
    Anônimo

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  6. Se olharmos para a estrutura do Esporte Clube Vitória, o campeão de terra e de mar, veremos que ele pode muito mais do que vem fazendo. Não se trata de falar de barriga cheia nem tampouco de desconhecer os problemas sociais de quem quer que seja. No entanto, a mesma crítica que faço quando o time "vai bem" é a que faço quando governos tb vão bem mas, no entanto, não avançam para melhorar cada vez mais. Fazem o que tem a obrigação de fazer e acham que estão fazendo favores, eles que são os nosso "funcionários", pois pagamos impostos, agem como "patrões".
    Criticar o Vitória quando estar ganhando é querer o Vitória cada vez melhor. Como quero "minha" Itabuna cada vez melhor. Fazer crítica só quando perde... aí é moleza. Como é moleza fazer crítica só a partidos e governos contrários as nossas ideologias.
    Se Itabuna ou outros não têm o time que expresse a grandeza dos seus filhos, isso se deve a forma como os mesmos (o time e os filhos) vem sendo tratados historicamente. Tenho certeza de que, embora as duas coisas não tenham singularidades, elas tem particularidades que expressam políticas desastrosas, que hoje ( e sempre) causa mortes e tristeza.
    No final do jogo, Vitória %, Itabuna 1, comentei com o meu companheiro de blog, Ubiratam: "A cidade sofre com a dengue e ainda tem que sofrer com o seu time tb".
    O Vitória hoje é a expressão da sua história. Idas e vindas. Mas precisamos partir do concreto, do que temos hoje para buscar o apefeiçoamento. Assim também tem que se comportar os itabunenses. O que vemos hoje em Itabuna, é um processo e, enquanto tal,podemos mudar o rumo desta história de sofrimento, dor e luto. Para isso, ganhando ou perdendo, a malícia só do gatinho não dará conta, pois é esta que faz com que se perpetuem no poder, àqueles que fazem a itabuna de hoje. Leão sim, gatinho nunca!!! Essa é a realidade de hoje e, enquanto realidade histórica, pode sim ser modificada para nem gatinho, nem leão, mas pombas, ovelhas e rios caudalosos, sem baronesas fedorentas.
    Viva o Leão, e que o dragão, com seu poder de fogo, possa matar os mosquitos da alienação e acender uma luz no final do túnel que, para não ser simples vaga-lumes, precisa da chama do povo!!!

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  7. Gente, eu tenho o "poder" de "incomodar", pois na maioria das vezes que expresso um comentário sobre os textos dos meninos, tem sempre uma réplica, mas não estou me queixando, não. Fico feliz porque entendo que é no debate de idéias que aprendemos ... e por falar em aprendizagem, tenho aprendido muito com o Fome do Leão e também com o Movimento do Real.
    Concordo com Welington quando diz que a dengue, assim como outras mazelas que assolam Itabuna, é resultado de políticas desastrosas. A dengue é o espelho do que acontece quando o povo não é priorizado. A dengue é uma alerta para os itabunenses sobre o que acontece quando escolhemos dirigentes baseado em simpatia,em popularidade...
    Ao contrário de Welington, eu acredito que temos lugar em nossa fauna para leões, pombas, ovelhas, vaga-lumes, dragões... e gatinhos. Cada um com sua singularidade, cada um com sua particularidade. O único animal que quero exterminar no momento é o aedes aegypti. Leão sim (não estou me referindo ao Vitória). Gatinho sim.
    Pena, Welington, que não posso enviar para vc uma gatinha de presente, já que percebo que vc não gosta de gatinho.
    Ah! A Itabuna e o Itabuna têm a chama da esperança... SEMPRE.

    ANÔNIMA

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  8. O blog ficou mais interessante com a partcipação da Anônima. É interessante ter um olhar feminino num mundo que é ainda domínio dos homens, mesmo com Marta sendo o melhor jogador/melhor jogadora do mundo. Ela que é FENOMENAL de verdade. Além disso, a Anônima mostrou que sabe rugir sem perder a malícia da gatinha, enquanto que vocês, companheiros rubro-negros, só sabem soltar rugidos.
    Viva o Leão!!!! Viva a Gatinha!!!!!!!!!!

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  9. Anônimo
    De um lado o mosquito da dengue, do outro lado a força do leão. A Anônima está conseguindo contra-atacar com muita ginga e ainda tem a delicadeza de querer presentear o Leão com uma gatinha.

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  10. Aceito o presente da ANÔNIMA. Minha mãe sempre criou gatos e gatas em casa e aqui no prédio onde moro, existem dezenas deles. O que falei é que, dada as condições atuais não dar para se utilizar da malícia do gato, já que essa tem sido a arma dos que se perpetuam no poder. Atenção, repito, CONDIÇÕES ATUAIS.
    Mas não posso dizer que todos cabem na minha fauna, pois aí caio em contradição. Quando eu digo que todos cabem na minha fauna, aí já não é nem malícia de gato, mas um verdadeiro balaio. Cabem então Fernandos Gomes, Capitães Azevedos e outros, todos com suas singularidades e particularidades? Penso que não.
    Que a chama da esperança, essa eterna companheira que constitui a nossa brasilidade, sempre esperando, esperando, esperando (Chico Buarque que nos diga. Se juntar com a idéia de Brasil, país do futuro!!! Ôpa, era criança e ouvia isso entre os gatos de lá de casa, pelo "plim" "plim") se transforme em FOGO expelido pelo DRAGÃO, símbolo maior do Itabuna Esporte Clube, expurgando de vez a maldade, as mazelas e as dores de todos nós, até dos Fernandos e dos Azevedos.

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  11. Para acalmar seu ego, Welington, vou dizer que concordo com você quando diz que o Brasil sempre está esperando, esperando, esperado. Estou apagando a chama da esperança e acendendo o fogo do dragão e com a força do leão vou mandar meu zoológico para outras bandas, contudo, quero falar que EU nunca vou comparar Azevedo e Fernando Gomes com os animais que citei nos comentários anteriores porque estaria ofedendo profundamente tais animais. .
    Não pederei desculpas pelos comentários porque deixei bem explícito que eram comentários de leiga e não de DOUTORES ( acho que é esse o seu caso ) e continuo querendo presenteá-lo com uma gatinha, ainda mais que foi um animal que fez parte de sua infância, mesmo tendo pegado pesado com os felinos ao falar que os políticos ultilizam a malícia do gato para se perpetuarem no poder. Eles não merecem tal comparação.
    Anônima

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  12. Que debate, hem? Muito bom mesmo. Seria ótimo se em todos os meios de comunicação isso acontecesse. Seria muito bom se tivéssemos cada vez mais espaços públicos para expor o que pensamos; divergindo, convergindo, buscando sempre o melhor para todos nós, sem ilusões metafísicas.
    Leiga ou doutor, anônimas, ou não, que importa? Títulos são apenas títulos quando os mesmos não estão a serviço da melhoria da vida.
    Nós do Fome do Leão achamos que dar para rimar ESPORTE com POLÍTICA; CRÍTICA SOCIAL com CRÍTICA ESPORTIVA; PARTICULARIDADES DAS AGREMIAÇÕES com PARTICULARIDADES DAS NOSSAS VIDAS. O fenômeno esportivo é parte constitutivo da reprodução social, embora não se posso confundir um com o outro, pois corremos riscos de desconsiderar as singularidades e particularidades de cada fenômeno no interior dos diferentes complexos temáticos que nos cercam. Mas todos estão enlaçados na totalidade complexa e contraditória desta mesma reprodução social.
    Nos dintinguimos dos animais por reproduzirmos a sociedade de maneira consciente. A comparação atitude humana com atitude animal só é possível na esfera das metáforas. Fernandos e Azevedos sempre serão melhores por piores que sejam se comparados aos animais. Mas comparados ao próprio gênero do qual fazem parte, (o gênero humano) poderemos discorrer melhor sobre suas ações.
    O meu ego estar calmo, querida anônima, embora muito preocupado com a vida alienada em que vivemos. Mas ambos sabemos que o debate não é de EGO, mas político. Tenho o costume de alimentar o debate por acreditar nele como uma das ferramentas para a nossa emancipação. Não escreveria uma linha se não acreditasse nisso. Espero que minhas respostas as maravilhosas provocações suas, anônima, não seja compreendida nesse âmbito do EGO. Se assim for, prefiro o silêncio (o meu, bem entendido).
    Afirmo mais uma vez que aceito o presente da gatinha, do gatinho ou de qualquer animal (embora esteja muito satisfeito com o presente que a sua presença nos dar). Mas não podemos nos confundir com eles. Se preferimos a companhia destes mais do que a dos nossos pares, tem alguma coisa errada com as nossas vidas. E, com certeza, dentro do marco histórico em que vivemos, existem muitas coisas erradas. Agimos muito mais irracionalmente do que muitos dos ditos irracionais. Mas isso é próprio do momento atual vivido por todos, como já disse aqui e em uma outra postagem sobre o fenômeno da alienaçã. Podemos mudar isso. Estamos nesse caminho e quero agradecer por você, anônima, junto com muitos outros, com certeza, ser um componente desse elo.
    Abraços grapiúnas.

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