quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Economia do Futebol

Acaba de sair o esperado relatório da Casual Auditores Independente, que pelo quinto ano consecutivo analisou o balanço de 21 clubes de futebol.

O resultado da equipe liderada por Carlos Aragaki e Amir Somoggi é isento de paixões clubísticas, claro.

Fontes de renda

Conforme a Casual, a venda de ingressos é apenas o sexto item na fonte de receitas dos principais clubes de futebol do país. A transferência de jogadores, com 28%, seguida das cotas de TV (24%), lideram o ranking das captações financeiras, conforme a Casual, empresa paulista especializada em clubes de futebol.

Receitas geradas

Os 21 clubes com maiores receitas no futebol brasileiro foram responsáveis pela movimentação de R$ 1,4 bilhão, indica o estudo. Isso significa uma evolução de 69% nos últimos cinco anos.

“O estudo da Casual Auditores referente a 2008 demonstra que as receitas dos clubes, excluindo os recursos com as transferência dos atletas, apresentaram melhora de cerca de 39% em três anos, principalmente com bilheteria, sócios, patrocínios e cotas de TV”, analisa Amir Somoggi, especialista em marketing e gestão de clubes de futebol, da Casual.

Transferência de jogadores

A fonte representa 28% dos recursos gerados pelos 21 clubes analisados. E, comparado com 2007, a venda de jogadores caiu cerca de 13%, alcançando a cifra de R$ 397 milhões. As maiores evoluções foram da Portuguesa, Vitória, Internacional, Palmeiras, Botafogo e Cruzeiro.

Departamento de futebol

Pela primeira vez, a Casual apresenta resultado operacional do Departamento de Futebol. A dupla Gre-Nal lidera o ranking, com o Inter à frente (R$ 24,3 milhões), seguido do Grêmio, com R$ 22,3 milhões. Portuguesa de Desportos, Fluminense e Botafogo fecham o pódio dos cinco primeiros.

O interessante é que, mesmo com operações superavitárias, o balanço dos departamentos de futebol dos clubes analisados indicou uma diminuição de 8% em relação ‘a amostra de 2007.

Torcedor é torcedor, não é mesmo?

O Esporte Clube Vitória iniciou o campeonato brasileiro empolgando todos os torcedores e alimentando, nos mais afoitos, uma esperança vã, já que o plantel e toda a estrutura econômica que o cerca não tem condições de manter um time competitivo em um campeonato tão longo, como é o brasileirão.

Só para se ter uma ideia, o Neto Berola, ex-dragão, não foi ainda saldado pelo Vitória. Dias desses, Ricardo Xavier estava por aqui, procurando o Jorge Sampaio para conversar sobre a pendenga que, segundo este, já está tudo ok. Será?

Não obstante, sendo a esperança vã, ou não, torcedor que se preza quer ver o seu time sempre na frente ou, ao menos, mantendo uma certa regularidade que imponha respeito aos adversários.

Embora a regularidade das vitórias não venha sendo a característica do rubro-negro baiano, a sua performance na primeira rodada lhe rendeu uma "gordura" que permite ao time, mesmo perdendo jogos fora (foram 11 até o momento com uma vitória e dois empates) e, também, dentro do seu domínio (contra o São Paulo, mas contabiliza sete vitória e dois empates, o que demonstra o seu domínio do barradão)o vitória tem conseguido se manter dentro da zona de classificação da sulamericana, tal como ocorreu no ano passado.

A questão aqui é em relação ao projeto do clube para esse ano, que intensiona colocar o Vitória na zona da libertadores. Nesse aspecto, o Vitória precisa melhorar e muito, caso queira respeitar o compromisso assumido no ano retrasado com os seus torcedores, necessida andar na contramão das dietas vegetarianas, pois Leão que se preza, gosta mesmo é de carne, muita carne!!!

Para mim, o campeonato ainda está em aberto. Times que estavam lá embaixo estão subindo. Outros que subiram estão caindo. Alguns vem mantendo a regularidade esperada, inclusive como é o caso do Palmeiras, acrescido de sorte e ajuda de árbitros e bandeirinhas.

Não alimento a ilusão do campeonato brasileiro, mas ainda há esperança de, que sabe, chegar lá, pois torcedor é torcedor, não é mesmo?

domingo, 16 de agosto de 2009

Fim de semana Verde e sinal vermelho para a dupla BAVI


Caros Amigos Internautas,

A dupla BAVI teve um sinal de semana indigesto, nem chá verde aliviou as toxinas enfiadas "guela a dentro" do torcedor baiano. No sábado, o Bahia perdeu o jogo por 2X1 jogando melhor que o Guarani, perdendo várias oportunidades e ainda teve contra sí, a péssima atuação do árbitro. Parece novela da globo em que uma mesma cena se arrasta desde malhação até o jornal da globo, no domingo foi a vez do Vitória passar pelo mesmo fiasco. Jogou melhor do que o Goías, perdeu várias oportunidades e ainda teve contra sí, a arbitragem que nos únicos equívocos - que não forma muitos - prejudicou o Vitória.
O fato é que o sinal vermelho está acesso, tanto no Fazendão quanto no Barradão. Ambos foram incompetentes para transformar em gols as oportunidades criadas, se assim fosse, não teria arbitragem ruim que segurasse a vitória da dupla. Para frente, ninguém se engane que a impressão deixada pelos derrotados baianos, de ascensão técnica, significará necessariamente conquistas futuras, que diga-se de passagem o futuro é agora e se valicarem, o futuro pode ser ontem, segundona para um e terceirona para outro.
A respeito da ascensão, também foi um fato. O Bahia por exemplo me surpreendeu com a organização tática e vontade dos jogadores, do meio para frente o time foi muito bem, articulado, jogadores próximos ao ataque e melhora no desempenho de alguns que sabem o que fazem quando tem a posse de bola, como é o caso de Nadson que marcou gols nas duas ultimas rodadas. Do lado defensivo, apresentou problemas tanto de ordem individual como o caso do miolo de zaga, como coletivo dificuldades na cobertura, a ponto do bom volante Leandro terminou expulso.
Do lado rubro negro, gostei muito do inicio do jogo, o time esteve tranquilo, com passes acertados e bom volume na marcação e na armação. Vimos uma descentralização na armação, dividindo a responsabilidade que só esteve até aqui a cargo de Leandro Domingues. Na frente continuamos com as dificuldades de Roger, mas a entrada de Berola ajudou o setor e até o Roger melhorou. A sáida da defesa no segundo tempo foi muito lenta e na frente um nervosismo digno de juvenil em final final. Do outro lado, o Iarley deitou e rolou sobre nossos zagueiros.
É isso aí caros amigos... Dizem que Chá verde ajuda a emagrecer... só que em excesso... pode matar!
até mais,

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Pedagogia Teletubbies!


Caros Amigos Internautas,

Andei refletindo sobre o que motivara de forma decisiva a demissão de Paulo César Carpegiane, não me convenço de que tenha sido por conta de quatro resultados ruins, nem tão pouco por desententendimentos pontuais com jogadores em inicio de carreira. Essa justificativa, não são consistentes, se assim o fosse, Mancine não deveri a se quer figurar na lista de possiveis substituto. Penso que a decisão intempestiva, residiu na perspectiva da ré-contratação de Wagner Mancine. A direção Rubro Negra aproveitou uma conjuntura favorável no mercado, ajudado pelo acerto de Ney Franco com o Coritiba, clube que manifestou interesse anterior ao Mancine e não perdeu tempo, apressou a demissão de PCC e efetivou a parceira com Wagner Mancine.
Sobre a rescisão contratual com Carpegiane já me manifestei contrario aqui no Fome do Leão e expus algumas razões para meu posicionamento. Agora é hora de opinar sobre o que Jorge Sampaio denomina de "Nova Era Mancine". Inicio dizendo que sou um otimista e desejoso para que tudo ocorra bem e o Vitória e o que o time em campo embale e volte a ganhar os jogos, a subir na tabela e a fazer os torcedores rubro negros felizes.
Contudo, baseado em fatos de passado recente dentro do Vitória na primeira passagem do técnico, amplamente alardeado pela imprensa, como o desentendimento com os jogadores Ramon, Uelinton, Bida e companhia; uma relação progressivamente hostil com parte da imprensa, contam desfavoravelmente no retorno do tecnico. Vejo isso como uma questão bastante relativa, mas também objetiva.
Relativa, considerando a possibilidade de refazimento de situações de desentendimentos entre pessoas. Assim, o ôba, ôba sustentado pela imprensa, hipervalorizando e cristalizando tais fatos como estáticos, perde sentido de ser. É praticamente impossível não haver desentendimentos,preferências e desestabilização num campo de trabalho tão vigiado e pressionado que nem o do mundo futeboolistico. Ah! se governantes e cumprimentos de direitos e deveres públicos fossem tão bem marcados - como num jogo decisivo, homem a homem - como acontece no futebol, o Brasil naõ seria o mesmo que conhecemos historicamente.
Objetivo, porque envolve projeto. Neste sentido o que divulga a direção tem que ser cobrado na sua radicalidade, sendo Jorge Sampaio todos os desafetos terão tratamentos igualitários e que os motivos dos desacordos ficaram no tempo em que aconteceram. Pois bem, para mim, o que concorre contra essa percepção são as vaidades de todos os envolvidos e dos demais que passarão a ter convivio diário com o novo comando técnico.
A direção sem sobras de dúvidas deposita toda a confiança no projeto com Wagner Mancine, tem com esse quase uma devoção. Ampliou contrato, garantindo cumprimento, ignorou as pelejas de relacionamentos internos, apostando na superação de vaidades como fizera ao re-contratar aquele que rompeu um projeto recentemente, deixando-o órfão. Para se ter uma ideia disso, Jorginho Sampaio disse que trata-se da retomada de um mesmo projeto.
Quiçá, possamos ver o projeto materializado e o Vitória beneficiado com isso. Para mim, o nome do técnico, a personificação de um projeto não é questão fundamental, acredito num projeto coletivo, institucional, que em nossa realidade não se efetiva, a torcida, o sócio torcedor, continua sendo ignorado, sem voz nos destinos do seu próprio clube. Por outro lado, a vigilância da qual não podem fugir, continuará aqui com o compromisso de contribuir de forma autonoma e independente.

Até mais,

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Sinceramente...



Caros Amigos Internautas,



Mais uma vez a novela "Demissão de Técnico", batida e manjada se repete na vida do Leão. Responsabilizado pelo decrescimo técnico do time, Paulo César Carpegiane foi oficialmente demitido pela direção rubro negra na tarde de hoje, o engraçado é que há três semanas atrás esse mesmo técnico era aplaudido pela torcida no Barradão e exaltada como excelente técnico pela direção, reconhecendo a lealdade com o clube quando disse categoricamente "NÃO" ao Flamengo com Imperador e tudo, times de fora do pais e até seleções. Carpegiane agiu diferente de Mancine que ambicioso, não resistiu à proposta Santista e agora parece votar ao rubro negro.
Quero afirmar que a atitude do Carpegiane com o Vitoria não teve por parte deste clube uma recíproca, para quem diz que planeja e não haje como timinho, mais uma vez foi assim que se portou no caso Carpegiane. Vale lembrar que o destempero se quer contou com apoio irrestrito da torcida que mesmo presenciando alguns resultados adversos e com alguma critica à foram de pensar do técnico, não fizeram nenhuma manifestação explicita de insatisfação.
Acho que a direção do Vitória se equivoca ao tomar essa atitude, vez que parece não ter feito uma leitura mais real da situação do elenco. Aqui no Fome do Leão, registramos quase que jogo a jogo o desempenho do time e suas nuanças. As derrotas rubro negras no certame em sua maioria se explicava na quantidade de improvisação que era preciso ser feitas e não por inabilidade ou mesmo imcompetencia do treinador.
Aqui também fizemos criticas a Carpegiane, mas elogiamos a conduta da direção que parecia acreditar no trabalho do técnico. Contudo, talvez se Jorge Sampaio frequentasse menos as entrevistas após os jogos ou para ufanisticamente projetar o time fora de sua realidade ou para justificar fracassos cedendo a opiniões sensacionalistas a respeito do técnico, talvez tivesse mais tranquilidade para garantir uma postura de quem sabe de fato o que faz.
O que presenciei nas ultimas semanas foi uma forçação de barra de grande parte da imprensa em desestabilizar a frágil organização diretiva do Ribro Negro. As justificativas passam até por boicote de grupo, sinceramente, isso é absurdo. Entre outras coisas se isso é fato, os jogadores testaram e têm aprovado o seu poder de persuasão sobre a direção. A direção agiu mal com o técnico. Óbvio que não se trata de uma defesa irrestrita deste ou daquele, mas trata-se da edificação de um grande clube. Capaz de enfrentar dificuldades pontuais.
O futebol brasileiro é de péssima categoria quando o quesito é justeza profissional com os técnicos, só neste Brasileiro, foram nada mais nada menos do que 15 mudançasnças de comando técnico, de um total de 20 clubes. Nesse sentido não se pode cobrar nada de Mancine, saiu utilizando dessa mesma lógica e agora pode voltar pela porta da frente, como se nada tivesse acontecido. Palavra, honradez são vocabulários há tempos extintos no Brasil
O que realmente quer a direção com essa atitude? Qual o seu projeto para 2009? Alguém sabe? pois é, eu não sei. Portanto não me iludirei com a mudança, pois para mim , muda-se a estampa e não o tecido. Com o bom time que temos consiguiremos reeditar a campanha de 2008 e biliscar uma Sul Americana, mas se a pretensão é maior que essa... precisamos sim de reforços.
De toda sorte, a Carpegiane desejo sucesso e o saúdo pela honradez com que lidou com o nosso clube, com o próximo, que seja bem vindo, mesmo sem saber até onde e quando e que seja mais atlético do que o atual-ex, para na eminencia de três resultados ruins, entrar em campo e decidir ele mesmo o que seus comandados não forem competentes de realizar. Opa! O CUCA é uma boa opção, foi centro avante!!!!


Até mais,

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Economia Rubro Negra!


Caros Amigos Internautas,



Gostaria que vocês continuassem interagindo com nossa ultima postagem A GENTE PRECISA É DE QUALIDADE uma vez que temos dado um certo tempo entre uma postagem e outra justamente pensando na interatividade com os caros amigos e amigas. Acontece que estou sendo provocado a escrever esse novo comentário sem o tempo prévio de discussão da ultima, por conta da relevância do assunto a ser tratado.
Trata-se da questão economica em que o Vitória se encontra e a berlinda que todos os rubro negros estão na eminencia de viver, em caso de continuidade da omissão de muitos e exigências de outros tantos.
Como sabemos, o Vitória fez um esforço muito grande para ascender da série B para a elite do futebol desde o ano passado. A lógica da conquista foi a de fazer planejar com os pés no chão e dar passos possíveis para a perna rubro-negra. Há quatro anos exatos o Vitória amargava a sargeta do futebol brasileiro, com um volume incalculável de dívidas, sobretudo trabalhistas construídas pelas improbidades administrativas do regime ditatorial do ditador Paulo Carneiro. Até hoje o Vitória arca com pelo menos 200 ações trabalhistas contra , tendo mensalmente sequestrado de seus vencimentos um montante para assegurar acordos judiciais. O que fizeram então Alexi Portela e Jorge Sampaio? Como conseguiram reerguer o time e ter credibilidade no mercado da bola?
Primeiro reconheceram que deviam e que tinham interesse em pagar a todos que por ventura devesse, daí as negociações judiciais, segundo, sustentou a palavra de construir um ambiente sólido para a realização do trabalho de superação que só poderia se dar com os resultados em campo, para isso, buscaram e tem cumprido honrar com os compromissos com os profissionais do futebol e demais do clube, pagando rigorosamente em dias como determina uma saudável relação trabalhista.
O dinheiro, de onde saiu? muito da força tarefa empreendida por conselheiros e investidores físicos rubro-negros e principalmente do bolso particular de seu presidente na ordem de milhões. Consegui-se alcançar os objetivos em campo, subiu da terceira para a segunda e imediatamente para a primeira divisão. Nesta divisão, ano passado todos do futebol baiano tinham a clareza de que o projeto era permanência na primeira divisão, e a bem da verdade chegou-se a uma classificação para disputar um torneio internacional que começara para o Leão ainda nesse mês, enfrentando o Coritiba.
Obvio que as expectativas para 2009 são otimizadas em relação ao ano passado, contudo o descompasso entre a vida economica do clube e os desejos de formar time forte com metas de disputar títulos nacionais, não me parece refletir a realidade objetiva. Claro que , com isso não significa que jogamos a toalha, até porque o futebol não é uma ciência exata, mas imprimir um nível de pressão que desconheça essa realidade, do meu ponto de vista prejudica mais do que ajuda.
Fala-se de que deve-se contratar jogadores valorizados no mercado, também gostaria muito que isso acontecesse, mas não se fala como arcar com isso. Para mim a ordem do desejo tem sido exaltada desconsiderando as possibilidades objetivas. Aí, chove-se comparações com outras equipes, sem a devida leitura dos contextos ou mesmo das perspectivas de gestão entre os clubes comparados. Sei que a estima fica ferida em se ver freiada por limites economicos, parece que somos menos capazes ou menores em tamanho clubistico.
Nem uma coisa e nem outra, o que está posto é a mesma lógica dos últimos três anos e é preciso que isso fique claro como fora nos anos anteriores, daí penso que a critica à direção cabe. Definir os objetivos e socializar com torcida e imprensa é necessário, o que não dá é para se alimentar horizontes que objetivamente não se é plausível alcançar nesse momento.
Defendo a transparencia, defendo a lisura no compromisso gestor. Ao torcedor, maior participação considerando o contexto - desejo e possibilidades -. Não sou afeito à lógica da irresponsabilidades administrativa, até porque há tão pouco tempo vivemos e sentimos as consequencias disso na pele.

Até mais,

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

A gente precisa de QUALIDADE!!!!



Caros Amigos Internautas,



Temos acompanhado o Vitória por onde quer que o time ande, seja no baianão, Copa do Brasil, Série A, atentos às vezes com ênfase nos resultados, às vezes no porcesso vivido pontualmente, e em ambos historicamente para tecermos comentários, opiniões, criticas e sugestões. Pois bem! Ontem o jogo contra o São Paulo foi mais um desses "prato cheio" para nossos devaneios. Particularmente, fui convencido de que a diferença de qualidade técnica é gritante entre equipes do nível do tricolor paulista e do nosso Leão. Não digo isso com o sentimento de inferioridade, não, digo com a tranquilidade de quem sabe que o grande clube, com estrutura para ser campeão precisa de muito mais do que o rubro negro dispõe.
Tem uma máxima no futebol que diz: " quando não for possível vencer na técnica, que seja na raça", e quando não se é possível ser na raça e na tecnica, como se ganha?... Não se ganha! Ao Vitória não faltou em nenhum momento o componente raça, vontade, dedicação dos jogadores, superação inclusive, considerando a conjuntura da partida e as alterações técnicas e táticas forçosas pelas circunstancias. Faltou talento, qualidade técnica e isso não se adquire na base da pura vontade, é preciso ser resultado histórico da construção da carreira de um atleta.
Ramon poderia ser esse talento, mas o tempo impiedoso nesse sentido, não lhe oferece "tempo " para realizar o que planeja em sua vasta habilidade.
Do lado São Paulino, talento é artigo mais abundante, o meio de campo São Paulino conta com jogadores capazes não só de proteger a sua retaguarda, não só capazes de municiar o ataque , mas também capazes de resolver a peleja em qualquer tempo do jogo. Não precisam aparecer apenas quando parece não ter jeito, no final do jogo, no abafa, abafa pela vitória a qualquer custo. Sabem resolver na dinâmica da construção do jogo.
O que queremos ratificar aqui é o apoio ao time rubro negro, foram lutadores do inicio ao final do jogo, buscaram se impor frente ao atual tri-campeão brasileiro " quase o mesmo time das conquistas recentes", podiamos até ter vencido, mas ainda assim nos faltaria qualidade. A torcida me passou a sensação de entender e admitir a superioridade adversaria no jogo, apoiou o Vitória, não vaiou e por alguns instantes parecia resignar-se ante ao que presenciara. Para nós, de certo modo é um pesar o constrangimento de se ver incapaz, de ter que compreender pela dor que temos muito que caminhar.
Por outro lado, temos a convicção de que o time superou o fiasco do jogo anterior, é um time corajoso e que honra o clube e seus torcedores, no mais é pressionar a direção para adicionar qualidade ao virtuoso elenco e esperar por dias melhores.


Até mais,