Caros Amigos Internautas,
Ainda em clima de comemoração do Tri campeonato estadual e passagem para a quarta fase da Copa do Brasil, vamos refletir sobre o SALDO do Rubro Negro até aqui e as expectativas para o restante da temporada. A nossa avaliação não se pautará apenas no desempenho técnico do time em campo, mas também de seu lugar politico e economico no mundo da bola. Considerando estes aspectos, a conquista do baiano se por um lado reafirma a nossa hegemonia na década ( 8 títulos ganhos em 10 disputados), por outro sofremos e pagamos o ônus desta mesma hegemonia. Falo dos patrocinadores que segundo um consultor da PLACAR deste mês, em entrevista a uma emissora de rádio local, afirma que a situação da Bahia não estimula novos negócios, ou seja a competência em campo do Vitória é no mundo do capital e da bola tida como prejudicial economicamente ao mercado local, pode? Hoje segundo esta mesma fonte a Bahia perde em atratividade e desce de conceito nacional, sendo ultrapassada por regionais como o Paranaense e o Catarinense. O que explica TV fechada para estes e não para o nosso. Moral da História um Vitória forte depende de um Bahia competitivo.
A montagem do elenco deste ano tem leve mudança em relação ao do ano passado na órbitta política. No ano passado o Vitória não gozava de autonomia para escalar o jogador que quisesse em seus jogos, toda vez que jogava com um time detentor do "passe" de determinado jogador, este não poderia adentrar ao campo da luta. No ano passado os jogadores nesta condição fizeram ótimo campeonato, o VItória foi a sensação do Brasil por muito tempo, ocupou as primeiras colocações por N rodadas mesmo tendo sofrido ainda durante a competição retaliações como o caso do DINEI - Artilheiro vendido pelo Atletico Paranaense em pleno desenvolvimento de seu trabalho no Vitoraço. Neste ano a situação é de um pouco mais de autonomia, o Vitória até anuncia que não venderá mais o seu principal jogador na temporada " BIDA". O elenco entretanto, tanto no papel como dentro de campo não é ao nosso entender da mesma qualidade técnica do ano passado.
Parecendo contradizer-me, é preciso reconhecer que este elenco tem mostrado em campo até aqui melhores resultados do que aquele do ano passado. Ganhou o tri em excelentes condições - podendo perder até por diferença de um gol o baiano - e no ano passado ganhou o título exatamente por que marcou um gol a mais do que o Bahia; avançou na Copa do Brasil às quartas de finais, também administrando excelente condição conquistada aqui no Barradão, ante ao até então eterno algoz - o Atlético de Minas. Este feito nos surpreendeu e superou nossas primeiras expectativas socializadas aqui a tempos atrás.
Tudo isso entretanto não nos cerceia de emitir valor de juízo sobre as possibilidades Rubro Negras. Na Copa do Brasil, o elenco precisa recuperar-se fisica e emocionalmente para enfrentar o Vasco da Gama em São Januario em condições de trazer a decisão da vaga para o Barradão. O time parece estar extenuado e se explica pela maratona de jogos sucessivos que tem enfrentado e decisivamente agora, chega ante o Cruz Maltino após varias decisões, com chuvas e campo encharcado, enquanto que o Vasco, eliminado do carioca nas semi-finais enfrentou times que não ofereceram maiores resistência na Copa do Brasil, chega mais inteiro e com a pinta de ter montado elenco para subir à primeira divisão em 2010. Pode até não parecer nada, mas elenco montado de um time do SUDESTE da tradição do Vasco da Gama é tão ou mais forte do que os times de primeira divisão do NORDESTE E CENTRO-OESTE deste país. Daí que apriori o Vasco é favorito.
Para que tenhamos uma idéia do abismo que separa a parte baixa da geografia brasileira a nós, basta informar que o Corinthias, recem subido da segundona tinha uma receita em patrocínio em torno de 4 milhões em 2007, chega em 2009 à casa dos 35 milhões em 2009, apenas com a presença de Ronaldo - O fenômeno - Quanto é nossa receita? Até o Bahia, clube esfacelado como têm sido aportou mais dinheiro do que o Vitória na folha de pagamento. Ir mais longe na Copa do Brasil pode até ser possível, mas é de se admitir que as condições objetivas não são as melhores.
Sobre o Time em sí e do esquema de Carpegiane o resultado e a construção do placar no jogo de ontem contra o Atletico-MG, foi muito bom no sentido de ter apresentadao certo esgotamento da armação do time em campo que deu certo o suficiente para conquistar o TRI baiano e fazer gordura que garantiu a classificação na Copa do Brasil. Estamos dizendo que isso foi bom não por mazoquismos, mas porque em declarações do próprio técnico a formação e sistema tático se impôs a uma dada circunstancia e características do elenco, que ele não é fã deste esquema -e nem nós-, a força de um conjunto sem tantas qualidade técnica está na capacidade de surpreender organizadamente, assim com a chegada dos reforços, a tranquilidade do avanço no torneio nacional e o horizonte de inicio do Brasileirão, ficamos esperançoso que Carpegiane nos apresente alternativas que possibilite a formação de um time mais equilibrado e com postura de auto estima elevada frente aos grandes adversários, mesmo sabendo de possíveis desnível técnico.
De forma objetiva, acho que o Vitória deveria priorizar a COPA DO BRASIL, por uma questão não menos objetiva. Não tem elenco ainda para se dar ao luxo de disputar bem a competição em paralelo com o Nacional. Para levantar a taça resta aos oito melhores do torneio seis jogos. Já que chegamos até aqui, dá para acreditar em um futuro melhor, para isso é jogar todas as fichas neste inicio de disputas nacionais nesta competição, com a clareza de que se não chegar lá, pelo menos terá uma postura mais aguerrida e propositiva tanto no nacional como na Sul Americana. Não estamos afirmando abandono ao inicio do Brasileiro, sob pena de consequências serias, pelo contrario temos claro a temporalidade desta prioridade na COPA DO BRASIL e defendemos a utilização de varios jogadores que chegam para disputar vaga de titular nos jogos iniciais do Brasileirão.
Até mais,
Caros Amigos